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Epidemia: Amambai tem 1.343 casos notificados de dengue, 271 confirmados para a doença e outros 923 ainda aguardam resultado de laboratório

2020-04-06 20:09:42

Vilson Nascimento

Amambai vive uma epidemia em relação a dengue. De 1 de janeiro até a última sexta-feira, 3 de abril, quando foi emitido o último boletim epidemiológico pela Vigilância Epidemiológica do município, a cidade havia registrado  1.343 casos suspeitos de dengue, com 271 confirmados para a doença e outros 923 ainda aguardam resultados de testes laboratoriais.

Agente de endemia do Controle de Vetores combatendo berçário de Aedes Aegypti em piscina de residência, em Amambai. Sem a conscientização da população torna-se impossível vencer a guerra contra o mosquito transmissor da dengue. (Foto: Controle de Vetores).

Dos 271 casos confirmados de dengue no município, 168 foram por meio de critério epidemiológico, ou seja, testes realizados por laboratórios particulares em Amambai e 103 pelo Lacen (Laboratório Central) de Mato Grosso do Sul, com sede em Campo Grande.

Se levado em consideração o penúltimo boletim epidemiológico, divulgado no sábado, dia 28 de abril, em uma semana Amambai registrou 336 novas notificações, com 108 novos casos confirmados para dengue.

A epidemia de dengue vem sobrecarregando o sistema público de saúde, em Amambai. Desde o mês passado, segundo a direção da unidade de saúde, entre 40 e 50% dos leitos destinados para internação no Hospital Regional de Amambai vem sendo ocupados por pacientes com sintomas de dengue. 

Chikungunya e zika vírus

Em relação a outras duas doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da dengue, Amambai está com a situação controlada.

De 1 de janeiro até a sexta-feira, 3 de abril, a cidade havia registrado 21 notificações para febre chikungunya. 14 casos deram negativos para a doença e outros 7 aguardam resultados laboratoriais.

Já em relação ao zika vírus, Amambai registrou 8 casos suspeitos de janeiro para cá, 3 deram negativos para a doença e 5 aguardam resultados.

O Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da dengue, chikungunya e ao zika vírus. (Foto: Divulgação)

Como prevenir a dengue

Em Amambai a Secretaria Municipal de Saúde, através de setores como o Controle de Vetores, por exemplo, tem feito sua parte, realizando ações educativas, preventivas e de combate à proliferação do Aedes Aegypti, eliminado o mosquito, por meio da aplicação de inseticida e destruindo ovos e larvas, com a eliminação de criadouros.

Esse trabalho, apesar de eficaz, não é suficiente para conter a proliferação do Aedes Aegypti, tendo em vista o tamanho da cidade e o quadro reduzido de agentes epidemiológicos frente a grande demanda.

Por esse motivo participação da população é fundamental para prevenir a doença. Veja no vídeo dicas de como ajudar a combater o mosquito da dengue

Porque a prioridade para o Covid-19 em relação a dengue?

De janeiro até agora, além dos números crescentes de casos suspeitos e confirmados da doença em Amambai, Mato Grosso do Sul também vive situação de alerta em decorrência da dengue.

Segundo a SES (Secretaria de Estado da Saúde), só nos primeiros três meses de 2020 o Estado registrou 40 mil notificações de casos suspeitos de dengue e 21 pessoas morreram em Mato Grosso do Sul, em decorrência da doença.

Já do final do mês de janeiro até esse domingo, 5 de abril, o Estado registrou 698 casos suspeitos de coronavírus, sendo que 566 foram descartados, ou seja, deram negativos para a doença, 55 seguem aguardando resultado, 65 foram confirmados para Covid-19 e uma pessoa morreu em decorrência da doença.

Em Amambai nesse período foram quatro casos notificados, três deram negativos para o novo coronavírus e um aguarda resultado do teste no Lacen.

A explicação dos especialistas em relação ao tratamento diferenciado entre a dengue, cujos números são bem maiores e o coronavírus é que, no caso da dengue, apesar de não ter uma vacina, os profissionais de saúde tem conhecimentos e mecanismos para o tratamento dos sintomas e o domínio de medicamentos e medidas que ajudam na recuperação do paciente.

Já o novo coronavírus que é uma evolução da Sars-COV-2, além de não ter vacina, é uma doença de fácil disseminação e sem nenhum tipo de medicamento comprovadamente eficaz para conter sua evolução em pacientes infectados, fator que pode causar um efeito avassalador em caso de uma contaminação em massa.

Segundo o Ministério da Saúde, até esse domingo (5) o Brasil registrou, em todo o país, 11.130 casos suspeitos de coronavírus e 486 pessoas já haviam perdido a vida em decorrência do Covid-19.

De acordo com o Ministério, atualmente de cada 100 pessoas infectadas, 4,4 morrem por conta do novo coronavírus no Brasil.

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