2006-12-12 08:03:00
Sérgio da Luz
A Feira ao ar livre tradicional no dia de domingo, está atraindo vários pequenos produtores de Amambai, pessoas que cultivam e produz em suas próprias casas de verduras a bisocitos.Há também conservas, rapadura, pão, leite, mandioca, sopa paraguaia, uma diversidade de alimentos, típicos e importantes para a culinária sul-matogrossensse, com toque especial de comida caseira.
Cerca de oito barracas por domingo se armam bem pela manhã, e fecha no horário de almoço para a professora Dirce Jaime, a feira é mais que um local de compra é um ponto de encontro para bate-papo “todos os domingos venho fazer minha comprar, aproveito para bater-papo tomando um chimarrão” disse.
O parceiro de chimarrão de Dirce é Burkhard Eicke, conhecido como “Buba”, mantém sua barraca desde março deste ano, vende conservas de pepino, cebola, couve flor e cenoura, e recebe a ajuda especial de filha Bárbara Eicke.
Há 4 anos dona Alair Bambil, mantém sua barraca, a especialidade de Alair são os produtos caseiros como pão, chipa, rapadura, sapa Paraguaia, entre outros. Segundo Alair a renda da feira ajuda em casa, mas tem que conseguir cada vez mais clientes e por isso entrar na concorrência do mercado “nós fazemos o preço daqui, mais abarato que no mercado” garanti.
O mesmo pensa José Sadi, que tem uma barraca onde vende verduras, o segredo é vender barato, a cada domingo quase toda a sua produção é vendida em algumas horas “já ouve dia que tive que buscar em casa mais verduras por causa da procura” acrescentou. José trabalha junta a sua esposa Martina, e cultiva a horta em sua casa.
Todas as famílias que mantém a barraca na feira são cadastradas junto a secretária de Desenvolvimento Econômico. Levantamento feito pela reportagem constatou que há um desconforto por parte dos feirantes. Falta de incentivo, pouca divulgação e concorrência com os mercados que abrem ao domingo, fazem a feira perdem a força e desanima os produtores.
“Por causa dos mercados que se mantém abertos aos domingos, muitas pessoas não vem a feira, é uma concorrência desigual, os nossos cliente são os nossos amigos e conhecidos” disse Alair Bambil.
Para eles o dia também é pouco convidativo, pois as pessoas utilizam o domingo para descansar, uma saída poderia ser a abertura da feira durante a semana e em horários diferenciados “no Paraná agente abria durante a semana e nos sábados também” compara Buda, que vê na pouca divulgação outro problema “muitas pessoas não sabem da feira” comenta.
A secretária de Desenvolvimento Econômico realizou uma reunião no dia 27 de Outubro com os pequenos produtores da cidade, entre vários assuntos tratados, alternativas de dar mais desenvolvimento para a feira foram discutidos, e novos projetos, para a mesma, estão sendo trabalhados. Como a criação de novos dias de funcionamento, a regionalização das feiras dentro da cidade e o apoio na infra-estrutura, com a possível construção de um local próprio para a feira, todos esses projetos ainda serão trabalhados.
