2020-07-24 19:16:08
Vilson Nascimento
Uma doença ainda oficialmente desconhecida começa se apresentar como uma ameaça à rentabilidade do milho safrinha nas lavouras de Amambai e região.
Os primeiros casos no município foram registrados na safra de 2019. Em 2020 a incidência foi maior e inclusive já pode gerar impacto econômico ao produtor.
A doença, que ainda não tem uma definição se é causada por vírus ou bactéria, ataca não a planta como um todo, somente o pé da espiga em formação, causando necrose, impedido assim a chegada dos nutrientes necessários para a formação dos grãos.
Quando atacada mais cedo, a espiga acaba definhando e sofrendo deformações, mas há casos, possivelmente quando é atacada pela doença em estágio mais avançado de formação, que a espiga tem aparência normal, mas os grãos, por conta da falta dos nutrientes na hora da formação, acabam ficando chochos, vindo a causar perdas econômicas para o produtor na hora da comercialização.
Segundo o técnico agropecuário, Sérgio Costa Curta, do escritório de assistência técnica agrícola Agrotec, com sede em Amambai, amostras de material colhido em plantas afetadas pela doença estão em análise no laboratório da Embrapa de Londrina, no Paraná.
Segundo Costa Curta, o diagnóstico preliminar, que não é conclusivo ainda, sugere que o enfezamento seja provocado pela cigarrinha, praga que também tem aumentado nas lavouras da região.
De acordo com Sérgio Costa Curta, os técnicos da Embrapa fizeram o plantio em laboratório de pesquisa das mesmas cultivares que deram maior incidência da doença na região de Amambai e vão realizar o estudo desde a germinação até o período de surgimento da doença na planta para assim definir um diagnostico final, com o objetivo de buscar mecanismos para conter a disseminação.