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quinta-feira, 28 de março de 2024

Estudo da Aprosoja-MS aponta evolução e potencial de crescimento da agricultura em Amambai

2020-06-20 16:35:26

Vilson Nascimento

Um estudo detalhado realizado recentemente pela Aprosoja-MS por meio do SIGAMS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) que abrangeu todo o município, apontou o percentual de ocupação do solo e o crescente potencial de avanço da agricultura, sobretudo a produção de grão, em Amambai.

O presidente do SRA, Rodrigo Lorenzetti analisa no mapa o ponto de maior crescimento da agricultura nas últimas safras em Amambai, que é a região entre Amambai e Jutí, às margens da MS-289. A rodovia estadual não é pavimentada e precisa de manutenção constante para assegurar boa mobilidade e condições de escoamento. 

De acordo com o estudo, excluindo as áreas de proteção ambiental e reserva legal, que chegam de 16 a 19%, o equivalente a 67.101,19 hectares, hoje Amambai tem 55% (233.294,49 hectares) de seu território ocupado pela pecuária, ou seja, formado com pastagens, 1% por eucalipto (5.329,55 ha), 1% por cana-de-açúcar (3.221,50 ha) e 24% destinado a cultivo de soja, que após a safra de verão, passa a ser ocupada, em sua maior parte por milho safrinha.

De acordo com o estudo, na safra 2019/2020 Amambai teve 99.299,82 hectares plantadas com soja, dimensão territorial que vem crescendo ano a ano.

Uma das regiões apontadas como de maior potencial para o avanço da agricultura em Amambai está às margens da Rodovia MS-289, trecho que liga Amambai a Jutí.

Nas últimas safras a região, que tinha ampla predominância da pecuária, passou a perceber a substituição de pastagens por lavouras, com aumento também da rotatividade agricultura/pecuária, garantindo o fortalecimento das duas atividades, que são a principais alavancas da economia do município, em Amambai.

Boa logística é ponto chave para o avanço do setor

Apesar dos elevados investimentos da classe produtora, que tem garantido a expansão da área plantada e a boa produtividade, contribuindo para a geração de emprego e renda no campo e para fortalecimento da economia do município, a logística, como estradas em boas condições para melhor a mobilidade rural, favorecendo a chegada de insumos e implementos nas lavouras e o posterior escoamento da produção, são apontadas como um obstáculo para a expansão, ainda em ritmo maior da agricultura em Amambai, sobretudo na região da MS-289.

Com 233.294,49 hectares de pastagens, a pecuária é a responsável pela ocupação de 55% do solo destinado à produção, em Amambai. 

Segundo o presidente do SRA (Sindicato Rural de Amambai), Rodrigo Ângelo Lorenzetti, as boas condições de trafegabilidade nas estradas rurais é de fundamental importância para o setor produtivo que hoje está motivado e investindo em assistência técnica e tecnologia com foco no aumento da produtividade.

“Temos aqui em Amambai vários trechos de estradas cuja manutenção em dia é considerada de fundamental importância para fomentar a expansão do setor agrícola, mas esse trecho de aproximadamente 70 quilômetros da MS-289 ligando Amambai a Jutí é apontado como um dos principais, tento em vista que corta uma das principais regiões produtivas do município, onde a agricultura está avançando em larga escala e também existem vários assentamentos que fomentam a produção da agricultura familiar”, disse o presidente do SRA.

A soja ocupa atualmente 24% do solo destinado a produção no município. 

Além da expansão da agricultura em rotatividade com a pecuária, às margens da Rodovia MS-289 também estão situados pelo menos quatro assentamentos rurais, os assentamentos, Guanabara, com 98 famílias, o Sebastião Rosa da Paz com 51 famílias, o Magno de Oliveira, o Loteamento Querência, fruto do programa Crédito Fundiário, com 60 famílias e a aldeia indígena Jaguary, que segundo o levantamento conta com 360 famílias.

De acordo com o levantamento realizado pelo Sindicato Rural por meio de um conselho formado por vários segmentos, criado exclusivamente para monitorar e cobrar a manutenção de estradas rurais no município, juntando assentamentos, aldeia indígena e os moradores das diversas propriedades rurais daquela região de Amambai, mais de 2.270 pessoas dependem diretamente do trecho da rodovia estadual para escoarem suas produções e se deslocarem entre o campo e a cidade e vice e versa.

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