2020-06-02 06:49:40
As etapas de colheita e pós-colheita são fundamentais para garantir a qualidade e a agregação da cultura do café, segundo informou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). De acordo com a Embrapa, a colheita do café deve iniciar-se quando as plantas apresentam de 80% a 90% dos frutos maduros e, em geral, coloração no estádio de cereja.
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No entanto, alguns fatores devem ser levados em consideração. “Além da influência da cultivar, seja da espécie arábica ou canéfora (robusta ou conilon), a época de maturação dos frutos de café também é influenciada pela temperatura (mais baixa ou mais elevada), pela face de exposição do terreno (pouco ou mais ensolarada), pelo sistema de plantio (aberto ou adensado), e ainda pela ocorrência de chuvas, especialmente, por ocasião da florada no ano agrícola”, comenta.
“Devido a esses fatores, a colheita poderá ser realizada no período entre março/abril até setembro e, em alguns casos, prolongando-se até novembro/dezembro, sendo nos meses de junho a agosto o período em que se realiza a maior parte da colheita do café no Brasil. Uma vez iniciada a colheita, o cafeicultor deve se atentar para derriçar todos os frutos das plantas, se possível com repasse, sem quebrar ramos e arrancar folhas, pois tais danos poderão ocasionar estresse nas plantas e, consequentemente, torná-las suscetíveis ao ataque de pragas e incidência de doenças, comprometendo dessa forma futuras safras”, completa.
Em relação à pós-colheita, o café recém-colhido deve ser limpo (abanado) para a remoção de impurezas e matérias estranhas, em seguida, é recomendável que, no mesmo dia, o café seja submetido ao processo de lavagem e separação. “No caso da via seca, os frutos – separados por lotes – devem ser encaminhados diretamente à fase de secagem, na qual são secos integralmente e dão origem aos cafés em coco ou natural”, indica.
“Na sequência, os cafés processados, tanto por via seca quanto por via úmida, precisam passar pela etapa de secagem, a qual consiste na remoção de parte da água até atingir o teor de umidade de 10,5% a 11,5%, para que os grãos possuam condições adequadas para beneficiamento, armazenagem e comercialização”, conclui.