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terça-feira, 23 de abril de 2024

2 fatores para conseguir um preço melhor na soja

2019-05-10 03:21:45

De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, são dois os fatores que se devem observar para conseguir um preço melhor na soja: Prêmios pagos nos portos e a cotação do Dólar frente ao Real – sempre uma incógnita. “Em primeiro lugar estão os prêmios, porque eles são a medida do interesse da China sobre a soja brasileira”, explica. 

Segundo ele, os prêmios estão voltando a aumentar nos últimos dias: “Começaram o ano ao redor de +70, caíram para +35 e agora estão ao redor de +66 para junho e +82 para maio, mas ainda estão muito longe e provavelmente não voltarão aos +270 em que estiveram logo depois do início da briga de Trump com a China”. 

E por que não retornarão? De acordo com Pacheco, porque a China teve que abater 66% do seu rebanho suíno devido à peste africana, cerca de 200 milhões das 360 milhões de cabeças existentes no país. Então, não existe mais a mesma fonte de demanda que havia há um ano. 

“No ano passado o susto inicial da guerra comercial elevou demasiadamente os prêmios, que em 30 dias tinha caído para + 140, quando o rebanho suíno ainda era integral. Então, achamos que algo entre +80 e + 90 é um nível razoável para os prêmios se estabilizarem. Poderão subir se a China decidir recompor o seu rebanho a toque de caixa. Poderá fazer isto se acreditar que o preço é menor do que comprar carne pronta, por exemplo. Então este é um item para ficar atento”, recomenda.

Em segundo lugar, o Dólar no Brasil. “Em nossa opinião ele ainda está muito alto, numa faixa entre R$ 3,95 a R$ 4,0. Poderá subir acima disto se houver arruaça no país, do tipo greve de caminhoneiros, greves dos agentes portuários, ou algo parecido. As mentes diabólicas da esquerda, lideradas por José Dirceu estão tramando uma nova greve dos caminhoneiros, fazendo exigências absurdas e ameaçando até o exército, como mostra a reportagem da Gazeta do Povo, de Curitiba desta quarta-feira”, alerta Pacheco. 

“Por outro lado, poderá cair para R$ 3,60 ou até R$ 3,50, que é seu lugar exato, se e quando a reforma da Previdência for aprovada. O dólar é um dos componentes mais fortes do preço da soja no Brasil. Nossa recomendação é, então, se aproveitar qualquer alta de um destes dois importantes fatores para vender parte da sua disponibilidade, tanto para esta como para a próxima safra. Preços de R$ 80,00 no interior para a próxima safra são ótimos, por exemplo, porque não acreditamos que o custo de produção de soja se eleve muito, com o dólar caindo”, conclui.

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