2022-01-16 11:31:09
Vilson Nascimento
A Polícia Civil divulgou na manhã desde domingo, 16 de janeiro, foto de uma arma deixada para trás durante a fuga pela dupla responsável pelo assassinato do produtor rural Olenir Nunes da Silva, o “Nego Silva”, de 50 anos, e seu filho, o engenheiro agrônomo Antônio Alexandre Nunes da Silva, de 23 anos, fato ocorrido na manhã de sexta-feira, 14 de janeiro, em uma das propriedades das vítimas, na região do Chorro, que chocou a população de Amambai e de toda a região.
A pistola calibre 7,65 milímetros, que segundo a polícia estava com os criminosos, mas não foi usada para atirar, pois estava desmuniciada e não foram constatados sinais de que tenham sido realizados disparos recentes, é uma arma bastante incomum e foi deixada dentro da caminhonete do produtor rural que os marginais acabaram batendo e abandonando durante a fuga.
Com a divulgação da imagem, a polícia espera que pessoas que conheçam alguém que tenha uma pistola deste modelo informem a polícia, mesmo que de forma anônima, para que seja averiguado.
Buscas continuam
Segundo o delegado que está à frente das investigações do caso, Dr. Ulisses Nei de Brito, equipes, tanto da Polícia Civil como da Polícia Militar, continuam trabalhado no caso, mas até o final da manhã deste domingo, dia 16, não tinha pistas concretas sobre a identidade e o paradeiro dos criminosos.
Recompensa de R$ 50 mil
Uma recompensa na ordem de R$ 50 mil está sendo oferecida para quem fornecer informações concretas sobre a identidade e o paradeiro da dupla autora do assassinato de pai e filho, mas ao contrário do que foi divulgado por alguns veículos de imprensa, a iniciativa não é da instituição Sindicato Rural de Amambai, segundo a direção da entidade ruralista.
Procurado pela reportagem do Grupo A Gazeta, o presidente do SRA, Rodrigo Lorenzetti, informou que, de fato existe a oferta desse valor em recompensa para quem fornecer informações que levem à identificação e a prisão dos acusados, mas é um ato de iniciativa popular realizado por produtores rurais e membros da sociedade amambaiense.
Segundo o presidente do SRA, são pessoas amigas das vítimas e da família que se uniram e decidiram oferecer a recompensa com a intenção de colaborar com a polícia no sentido de localizar e prender os criminosos, que segundo a polícia, os indícios levantados pelas investigações apontam que mataram pai e filho durante uma tentativa frustrada de assalto.
Imagens não são de autores
Procurada pela reportagem do Grupo A Gazeta, a Polícia Civil informou que as imagens espalhadas em redes sociais e inclusive divulgadas por alguns veículos de imprensa, onde mostram homens com roupas escuras, usando capuz e aparentemente armados, não correspondem aos assassinos do pecuarista Nego Silva e de seu filho Antônio.
De acordo com a Polícia Civil, no local dos fatos não havia câmeras de monitoramento e a única informação que a polícia tem, a de que os criminosos estavam em dois, usavam roupas estilo camufladas e capuz para encobrir os rostos, foi passada por uma testemunha ocular do ocorrido.