2021-09-10 09:27:39
Vilson Nascimento
Foi condenado a 24 anos e 4 meses de prisão nesta quarta-feira, 8 de setembro, um indígena acusado de matar, em companhia de um menor de idade, um taxista para roubar o táxi, em Amambai.
Sidnei Peixoto de Lima, o “Sid Taxista”, como era conhecido, tinha 75 anos. Ele foi brutamente assassinado a golpes de fação e teve o corpo ocultado após prestar corrida para os autores.
Segundo apurou a Polícia Civil na época, no dia 25 de janeiro deste ano (2021) Sidnei Peixoto foi contratado em Amambai para levar o autor confesso do latrocínio, Rozemar Lescano, de 20 anos, uma mulher e uma criança até a aldeia Taquaperi, em Coronel Sapucaia.
Chegando ao final da corrida na aldeia, a mulher e a criança teriam ficado em uma casa na reserva indígena, que supostamente seria a residência de Rozemar.
Na ocasião, Rozemar teria pedido ao taxista que fizesse outra corrida, que seria levar ele e um suposto companheiro de trabalho, no caso, um menor de 15 anos posteriormente envolvido no latrocínio, até uma fazenda nas proximidades da reserva indígenas onde eles supostamente estariam trabalhando.
Agindo de boa fé, Sid Taxista se prontificou a realizar a corrida, porém, ao chegarem na suposta fazenda, fazendo uso de um simulacro (arma falsa) a dupla teria apontado para a vítima e anunciado que se tratava de um assalto.
O taxista foi obrigado a descer do veículo e seguir com os autores até uma restinga de mata, onde foi assassinado a golpes de facão e teve o corpo ocultado com galhos e pedaços de madeira.
A identificação e prisão dos autores
De acordo com a delegada, na época titular de Polícia Civil em Amambai, Dr. Larissa Serpa, que comandou as investigações do caso, o crime foi elucidado depois que um dos autores foi detido pela Polícia Nacional do Paraguai na manhã do dia 26 de janeiro na cidade paraguaia de Capitán Bado, que faz divisa com Coronel Sapucaia no Brasil, com o táxi da vítima, um Toyota Yaris cor prata.
Na ocasião, o indígena teria relatado que havia sido contratado por um homem branco para levar o carro da aldeia Taquaperi até Capitán Bado, mas posteriormente voltou atrás, assumiu a participação no latrocínio e entregou seu comparsa na ação criminosa.
Após a detenção do segundo envolvido, a dupla levou os policiais até o local onde haviam abandonado o corpo do taxista.
Menor também foi sentenciado
O menor de 15 anos, também envolvido no latrocínio, já havia sido condenado a 3 anos de internação (pena máxima aplicada a um menor infrator) e está recolhido em uma unidade de internação.
Além do latrocínio propriamente dito, a Justiça acatou a tese defendida pelo MP (Ministério Público) e condenou Rozemar por ocultação de cadáver e corrupção de menor, fator que levou a pena final aos 24 anos e 4 meses de reclusão.
O indígena está preso desde o dia 26 de janeiro, quando foi localizado, confessou o roubo seguido de morte e foi autuado em flagrante pelo delito.