2021-01-26 19:40:41
Vilson Nascimento
Foi localizado no final da manhã dessa terça-feira, 26 de janeiro, em uma fazenda próxima a aldeia Taquaperi, na divisa entre os municípios de Amambai e Coronel Sapucaia, o corpo de um taxista que estava desaparecido desde a manhã dessa segunda-feira, 25 de janeiro, em Amambai.
De acordo com a Polícia Civil, que comanda as investigações do caso, Sidnei Peixoto de Lima, de 75 anos, foi assassinado a golpes de facão durante um ato de latrocínio (roubo seguido de morte) e dois indígenas, um maior de aproximadamente 20 anos e outro menor de 15 anos, foram identificados como os autores do crime.
De acordo com a delegada titular de Polícia Civil em Amambai, Dr. Larissa Serpa, que comanda as investigações do caso, o crime foi elucidado depois que um dos autores foi detido pela Polícia Nacional do Paraguai na manhã dessa terça-feira (26) na cidade paraguaia de Capitán Bado, que faz divisa com Coronel Sapucaia no Brasil, com o táxi da vítima, um Toyota Yaris cor prata.
Na ocasião o indígena, que por conta da lei de abuso de autoridade aprovada pelo Congresso Nacional brasileiro e sancionada pelo presidente da República, não pode ter a imagem e o nome divulgado, teria relatado que havia sido contratado por um homem branco para levar o carro da aldeia Taquaperi até Capitán Bado, mas posteriormente voltou atrás, assumiu a participação no latrocínio, entregou seu comparsa na ação criminosa e levou os policiais até o local onde haviam abandonado o corpo do taxista, que foi vítima dos ladrões ao fazer uma corrida.
De acordo com a delegada o maior de idade foi autuado em flagrante pelo crime de latrocínio e o menor teve o auto de apreensão em flagrante lavrado pelo mesmo crime.
O início da história
A Polícia Civil apurou durante as investigações do caso, inclusive analisando imagens de câmeras de segurança, que um dos autores, o maior de idade, acompanhado de uma mulher e uma criança, teria procurado o taxista na manhã desse segunda-feira (25) em Amambai pedindo para levá-los até a aldeia Taquaperi, em Coronel Sapucaia.
Chegando ao final da corrida na aldeia, a mulher e a criança teriam ficado em uma casa na reserva indígena, que supostamente seria a casa do autor maior de idade e o indivíduo teria pedido ao taxista que fizesse outra corrida, que seria levá-lo e um companheiro de trabalho, no caso o menor posteriormente envolvido no latrocínio, até uma fazenda nas proximidades da reserva indígenas onde eles supostamente estariam trabalhando.
Agindo de boa fé, seu “Sidi”, como era conhecido o taxista em Amambai, se prontificou a realizar a corrida, porém ao chegarem à suposta fazenda, os acusados, fazendo uso de um simulacro (arma falsa) a dupla teria apontado para a vítima e anunciado que se tratava de um assalto.
O taxista foi obrigado a descer do veículo e seguir com os autores até uma restinga de mata, onde foi assassinado a golpes de facão e teve o corpo ocultado com galhos e pedaços de madeira.
De acordo com a polícia, a vítima apresentava ferimentos nos braços, aparentando ação de defesa, o que indicaria que ao ver que seria assassinato, teria reagido a ação dos marginais.
Matéria atualizada às 14h22 para acréscimo de informações