2020-09-14 19:00:47
Vilson Nascimento
Após trabalho de investigação desencadeada pela equipe de investigadores da Delegacia local, a Polícia Civil de Amambai identificou e prendeu no final da tarde desse sábado, 12 de setembro, um homem acusado de pedofilia.
De acordo com a polícia, o pedreiro de 49 anos, usava o aplicativo WhatsApp para contatar as vítimas.
A ação pedófila foi descoberta depois que a mãe de uma das vítimas, uma menina de apenas 10 anos, encontrou há cerca de 15 dias, após ser alertada pela própria criança, mensagens do indivíduo no celular da menina e acionou a Polícia Civil.
De acordo com a polícia na ocasião não havia mensagens com conotação sexual, não caracterizando assim ato criminoso, porém diante das suspeitas que poderia se tratar de uma ação de pedófilo, com o auxílio da família, a polícia passou a monitorar as mensagens do acusado para a menina.
Segundo a polícia com o objetivo de cativar e ganhar a confiança da criança, o pedófilo abordava nas mensagens temas variados, inclusive sobre atividade escolar, mas nesse sábado, dia 12, ele decidiu expor suas verdadeiras intensões e inclusive teria enviado uma foto que seria de seu pênis para a menina.
Nas mensagens, que também foram seguidas de chamadas de vídeo não aceitas pela vítima, o acusado perguntava inclusive se a menina tinha visto e o que achava de seu órgão, pedia para apagar a foto e perguntava “se a menina tinha coragem de tirar uma foto peladinha” para mandar para ele.
A conversa toda monitorada pela mãe da menina, foi passada a Polícia Civil que, em ação imediata, localizou e prendeu o acusado.
Procurada pela reportagem do grupo A Gazeta, a Polícia Civil informou que ao receber voz de prisão o pedreiro confessou ter mantido as conversas com a menina, inclusive de cunho sexual e teria relatado também que já havia mantido diálogos no mesmo sentido com outras crianças.
Segundo a polícia com o foco de tentar evitar a identificação, após manter contato com as vítimas o acusado apagava todas as mensagens.
Diante dessa situação ele teve o celular apreendido e o aparelho será submetido à perícia para tentar reaver as conversas e identificar outras possíveis vítimas do pedófilo confesso.
Encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil, em Amambai, o acusado foi ouvido e autuado em flagrante pelo delegado, Dr. Caio Macedo.
Ele foi enquadrado no artigo 241-D do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que trata sobre; “aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso”.
Em caso de condenação, a pena para esse tipo de crime, segundo o ECA, varia ente 1 e 3 anos de prisão, mais o pagamento de multa.
De acordo com a Polícia Civil, no ato da prisão, a esposa do acusado disse não saber que o pedreiro praticava esse tipo de ato e teria ficado perplexa ao tomar conhecimento das acusações contra o marido.
Em decisão tomada na tarde dessa segunda-feira, 14 de setembro, o Poder Judiciário determinou a soltura do pedreiro para responder ao processo em liberdade.
Alerta aos pais
A Polícia Civil de Amambai faz um alerta sobre a necessidade de os pais realizarem constante monitoramento em relação aos contatos e conversas das crianças em redes sociais para evitar aliciamento por criminosos disfarçados, bem como a necessidade de se denunciar casos suspeitos no sentido de contribuir para o combate a pedofilia.
Matéria atualizada às 19h dessa segunda-feira (14) para acréscimo de informações
Atenção: Reportagem exclusiva do grupo A Gazeta. Proibida a reprodução integral ou parcial sem que sejam incluídos dos devidos créditos.