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sexta-feira, 29 de março de 2024

Fake News: Quando Notícias Falsas Alteram Opiniões

2019-04-05 15:38:00

Por Marlon de Arruda Antunes

 

Por
mais que este tipo de notícia sempre tenha existido, foi durante a disputa
eleitoral americana de 2016, em mais um acirrado embate entre republicanos e
democratas, quando o então candidato Donald Trump popularizou o termo “fake News”, que em português significa
literalmente notícias falsas. Sua intenção era desmerecer as grandes mídias,
como o The New York Times, jornal que
declaradamente apoiava a candidata Hillary Clinton, pois desta maneira com vistas
a atacar quem apoiasse a oposição ou tecesse críticas à sua campanha ou pessoa.

Ainda
que Trump tenha usado essa estratégia de campanha, não que necessariamente os
veículos atacados por ele estivessem mentindo, esse político continuou a repetir
o bordão, inclusive após ser eleito como Presidente dos Estados Unidos, o que
culminou na popularização do termo. Entretanto, somente começamos a entender o
real significado nos anos seguintes, quando seus propósitos se tornaram evidentes
e cruéis.

Logo,
chegamos à conclusão de que o problema perpassa esse episódio envolvendo Donald
Trump, haja vista que nos tempos atuais tornou-se comum a disseminação de
notícias falsas, sobretudo por meio de redes sociais. Serviços como WhatsApp e Facebook, ambos pertencentes a Mark Zuckerberg, são os mais usados
para espalhar informações mentirosas.

Nesta
seara, cabe deixar claro que agora, pessoas comuns, porém mal-intencionadas, têm
o poder de usar esta tática para manipular as opiniões de populações inteiras.
As consequências podem ser pequenas, mas em casos extremos podem mexer com as
estruturas de governos inteiros, como por exemplo, o plebiscito que resultou na
possibilidade de o Reino Unido sair da União Europeia, evento também conhecido
como Brexit.

As
fake news não são difíceis de serem
detectadas, pois são criadas com teor sensacionalista que mexe com o senso
comum das pessoas, maximizando as chances de serem compartilhadas inúmeras
vezes, até chegar ao ponto de viralizar, termo este usado para definir quando
determinado conteúdo torna-se muito popular.

Quando
uma notícia falsa é criada, muitas pessoas não verificam a procedência das
informações e acabam tornando a mentira em uma verdade para um grande número de
pessoas. Ainda assim, não podemos culpar todos que compartilham tais conteúdos,
pois a maioria daqueles que os disseminam não agem de má fé,mas caíram nas
garras de pessoas ou entidades movidas por interesses próprios e motivos
obscuros.

Um
caso semelhante aconteceu recentemente quando uma notícia espalhada pela
Internet afirmava que um “monstro” chamado Momo estava aparecendo durante
vídeos para crianças no YouTube Kids, as ensinando a praticar o suicídio. Mais
tarde, tanto o YouTube quanto inúmeros influenciadores digitais se manifestaram
para comprovar o quão falsa era a notícia, entretanto o estrago já estava
feito. Mães e pais, com todas as razões para se preocuparem, passaram as
informações adiante, resultando em uma bola de neve que ressuscitou essa
personagem bizarra, viralizada originalmente em meados de 2018.Portanto, algo
que estava enterrado nos cantos mais esquecidos da Internet,novamente tornou-se
matéria em diversas mídias de grande prestígio que caíram no erro de não checar
as informações antes de publicá-las para seus públicos.

A
conclusão que se chega é que, infelizmente, inúmeras
fake news foram reproduzidas por diversas mídias, evidenciando que
agora, mais do que nunca, é imprescindível uma checagem extremamente minuciosa visando
evitar dar mais visibilidade e credibilidade às notícias falsas. Sim, o remédio
contra este mal chamado
fake news é
buscar pelos fatos. Determinados tipos de notícias devem ser lidos com
ceticismo, sempre cientes da necessidade de fazer uma varredura no sentido de
conhecer a procedência das informações obtidas e, caso existir, se a fonte é
confiável. Caso confirmado que são falsas, devemos aplicar a cura, que é
disseminar as devidas provas para revelar que tudo não passou de mais uma
tentativa de ludibriar e causar pânico e desinformação na população. Este é um
trabalho chato e árduo para os profissionais da área de comunicação, mas também
de extrema importância para a manutenção da credibilidade
da mídia como honesta e imparcial, que adquiriu o objetivo de levar informações
corretas aos leitores, ouvintes e telespectadores sobre todos os assuntos.

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