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sexta-feira, 29 de março de 2024

Uso da robótica em sala de aula mira no mercado de trabalho do futuro

2022-06-26 17:02:49

Uso da robótica em sala de aula mira no mercado de trabalho do futuro

Em apenas um ano, o número de robôs utilizados nas empresas aumentou 68% – o país tem 101 mil unidades aplicadas em diversos segmentos de negócios, segundo o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots. O mercado de robótica deve movimentar US$ 260 bilhões até 2030, fazendo o setor de tecnologia crescer cerca de 12% ao ano. 

As carreiras devem acompanhar esse cenário, com mais vagas e salários mais altos. De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial 2021-203, do Senai Nacional, somente a ocupação de condutor de processos deve ter um aumento de 22,4% nas vagas. 

Embora o dado seja focado na indústria, os profissionais com formação em tecnologia encontrarão oportunidades em praticamente todo o mercado. “O mundo físico está se tornando cada vez mais digital, as mudanças na sociedade e no trabalho exigem cada vez mais o desenvolvimento de habilidades envolvendo a programação, raciocínio lógico e capacidade de resolver problemas”, observa Jacielle Feltrin Vila Verde Ribeiro, gerente de Educação e Negócio do Sistema Fiep.

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— Foto: Gelson Bampi

De olho nesta mudança cultural, o Sistema Fiep, por meio dos Colégios Sesi da Indústria, colocou a robótica no currículo da educação infantil ao ensino médio. “A robótica em sala de aula está intimamente ligada à metodologia STEAM, que promove a aprendizagem de forma completa e ampla. O aluno move diferentes conhecimentos, de diferentes áreas, para desenvolver cada vez mais competências e habilidades”, completa Jacielle. O termo STEAM vem do inglês – Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics

Da sala de aula para competições nacionais

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— Foto: Gelson Bampi

Desde 2004, o Sesi organiza os torneios First LEGO League (FLL) e First Tech Challenge (FTC), promovidos pela ONG americana First. São duas categorias de competição que conversam com a robótica nas diferentes fases de aprendizado: a FLL é para equipes de alunos de 9 a 16 anos que, utilizando um tapete LEGO, resolvem desafios a partir de missões propostas pela organização. Não é necessário criar um robô, mas soluções desenvolvidas a partir do que é ensinado nas aulas, como explica Vinicius Nadolny, analista de Educação do Sesi. 

“Fazemos uma preparação contínua dos times, com disciplinas voltadas à parte tecnológica, usando linguagem de programação e robótica LEGO. Os alunos aprendem a programar, cumprir desafios e relacionar o tema com outras disciplinas”. A categoria FTC, por sua vez, é mais voltada à parte de engenharia e os times são formados por alunos entre 14 e 18 anos. Diferentemente do FLL, o FTC envolve a criação de um robô físico – e isso inclui todo o processo, como captação de recursos, divulgação e relacionamento com profissionais da área. Mais do que uma competição, os torneios oferecem aos alunos a oportunidade de desenvolver habilidades comportamentais que farão a diferença no futuro profissional. 

“A experiência na competição vale muito a pena, porque precisamos conversar com pessoas diferentes e conhecer as outras equipes. O que mais chama a minha atenção são as conexões entre os participantes”, conta Allana Beatriz Tasca, estudante do 3º ano do ensino médio e redatora da equipe Nautilus, do Colégio Sesi da Indústria de Pato Branco. Allana é responsável pelo Caderno de Engenharia da equipe, que concentra todas as informações sobre o torneio, da missão à montagem do robô.

“Coopertition”: cooperar para competir

"A participação nos torneios de robótica é incentivada pelos próprios professores em sala de aula. O vínculo direto com os estudantes permite que os docentes identifiquem talentos na área de robótica – por isso muitos professores se tornam técnicos das equipes, como Luianne Rodrigues, professora e técnica das equipes de Robótica de FLL e FTC no Colégio Sesi da Indústria, unidade CIC. O que encanta nesse torneio é o que chamamos de Coopertition. Apesar de existir uma competição, todas as equipes se ajudam e compartilham conhecimento. É muito gratificante ver os estudantes desenvolvendo essas competências tão necessárias para o futuro”, diz. Marcos Gazola, que também é professor do Colégio Sesi e técnico das equipes FTC e FLL de Pato Branco, conta que o aprendizado é mútuo. 

Ele está há quatro meses à frente das atividades de preparação para o torneio nacional: “O mais valioso no ensino da robótica é descobrir que podemos construir equipamentos a partir de conhecimentos simples e ferramentas básicas de tecnologia”, conta. Para a estudante Allana Tasca, aprender robótica dentro e fora da sala de aula é uma experiência sem prazo para acabar: “Eu gosto muito da parte tecnológica das coisas, e saber como funciona é o mais importante. Essa área da ciência é muito extensa, então ainda há muita coisa para descobrir”.

Descubra mais sobre as oportunidades do Colégio Sesi aqui.

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