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sexta-feira, 29 de março de 2024

Índios ameaçam reter e depredar ônibus escolar em Amambai

2019-04-24 17:17:53

Vilson Nascimento

Indígenas que se dizem representantes de pais de alunos do ensino médio que moram na aldeia, mas estão matriculados na cidade, ameaçaram reter e depredar ônibus escolar que realizam o transporte de universitários da aldeia Amambai para estudar na cidade, em Amambai.

Segundo boletim de ocorrência registrado pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED) junto a Delegacia de Polícia Civil, em Amambai, as ameaças aconteceram durante reunião na manhã dessa quarta-feira, 24 de abril, na sede da Secretaria.

Os indígenas Rivelino Pereira e Antônio Rossate, que estavam acompanhados pelo também indígena Arcênio Vasque, todos moradores na aldeia Amambai, teriam ficado nervosos ao serem informados que a prefeitura não irá retomar o transporte de alunos do ensino médio da aldeia que estão matriculados na cidade.

A Secretaria de Educação alega que a adoção da medida administrativa de não transportar os cerca de 30 alunos matriculados na cidade, medida esta que inclusive foi discutida e teve aval do Ministério Público é porque existem vagas suficientes para suprir a demanda de alunos na escola de ensino médio existente na comunidade indígena, fator que torna desnecessário, segundo a Secretaria de Educação, os gastos com transporte de alunos de ensino médio para estudar na cidade.

Em abril do ano passado a SEMED já havia enfrentado um problema semelhante, mas naquela ocasião com pais de alunos do ensino fundamental da aldeia Limão Verde.

Na ocasião os indígenas, que chegaram a bloquear a Rodovia MS-156 que liga Amambai a Tacuru, inclusive fazendo uso de placas de sinalização de trânsito que até hoje não foram recolocadas pelo Estado, protestavam pelo não transporte de alunos do ensino fundamental da aldeia para estudar na cidade.

A posição da Secretaria Municipal de Educação na época foi a mesma. Segundo a SEMED havia vagas suficientes para atendar toda a demanda escolar da população daquela comunidade nas escolas existentes na aldeia, portanto não havia necessidade de gasto de dinheiro público com o transporte de alunos da aldeia para estudar na cidade.

Segundo a SEMED, nada impede que alunos indígenas queiram se matricular e estudar em escolas na cidade, desde que se desloquem por meios próprios.

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