21.2 C
Amambai
sexta-feira, 29 de março de 2024

Dólar fecha em alta de 0,61%, com atenções voltadas ao quadro fiscal e político do país

2022-01-18 16:37:18

O dólar fechou em alta de 0,61%, cotado a R$ 5,5598, nesta terça-feira (18), ganhando força ao longo da tarde após uma manhã de queda, conforme a pressão externa se sobressaiu por receios sobre a velocidade do aperto monetário nos Estados Unidos.

No Brasil, protestos de servidores do governo por reajustes salariais também estiveram no radar, com ameaças de mais pressão aos gastos públicos.

Com o resultado, a moeda norte-americana passou a acumular queda de 0,27% na parcial do mês e no ano. Veja mais cotações.

A cotação oscilou de queda de 0,40%, a R$ 5,5052, ainda pela manhã, e alta de 1,03%, para R$ 5,584, no período vespertino.

Cenário

No exterior, os investidores monitoraram os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que fará sua reunião de política monetária da semana que vem, em meio a uma subida das apostas para um aumento das taxas de juros já em março.

A taxa de dez anos –referência global para decisões de investimento– chegou a tocar uma máxima em dois anos mais cedo, e era negociada acima do patamar de 1,8%. Já o rendimento do Treasury de dois anos, que reflete expectativas de curto prazo para os juros básicos nos EUA, superou 1% pela primeira vez desde fevereiro de 2020 nesta terça-feira.

Juros mais altos nos EUA tendem a tornar ativos de mercados emergentes –arriscados, embora geralmente mais rentáveis– menos atraentes para investidores estrangeiros.

Já os preços internacionais do barril de petróleo atingiram nesta terça-feira máximas desde 2014.

Por aqui, o foco da semana se volta para pressões de servidores do governo por reajustes salariais e a sanção do Orçamento 2022.

A atenção do mercado a esses pontos se justifica pelo receio persistente em torno de aumentos de gastos – com previsões gerais de piora do déficit fiscal em 2022, ano eleitoral.

O receio dos mercados é de que eventuais aumentos salariais abalem ainda mais a credibilidade fiscal do país, derrubada no ano passado pela promulgação da PEC dos Precatórios, que alterou a regra do teto de gastos para permitir o financiamento de mais despesas do governo com benefícios sociais.

Os analistas do mercado financeiro aumentaram levemente a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) para 2022, de 0,28% para 0,29%, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Já a previsão de inflação para 2022 subiu de 5,03% para 5,09%.

O mercado manteve a projeção para a taxa Selic de 11,75% ao final do ano. A estimativa para a taxa de câmbio em 2022 segue em R$ 5,60 por dólar.

 

Leia também

Edição Digital

Jornal A Gazeta – Edição de 28 de março de 2024

Clique aqui para acessar a edição digital do Jornal...

As Mais Lidas

INSS suspende bloqueio de benefício por falta de prova de vida

O Ministério da Previdência Social decidiu que, até 31...

MDB anuncia nesta sexta pré-candidatura de Sérgio Barbosa a prefeito em Amambai

Vilson Nascimento Um ato do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) previsto...

Portuguesa vence Náutico por 2 a 0 diante da torcida

Vitória do time rubro-verde de Mato Grosso do Sul!...

Enquete