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quinta-feira, 28 de março de 2024

Dólar fecha em alta de 0,74% com temor sobre aumento da taxa de juros nos EUA

2022-01-10 16:43:21

O dólar fechou em alta de 0,74, cotado a R$ 5,6742, nesta segunda-feira (10), em sessão marcada por temores internacionais sobre aumentos de juros nos Estados Unidos e infecções crescentes por Covid-19, além da projeção de maior aperto monetário no Brasil e crescimento mais fraco em 2022.

O salto nos rendimentos dos títulos soberanos dos EUA — visto como impulso global para o dólar — vem depois de o banco central norte-americano, o Federal Reserve, ter indicado na ata de sua última reunião de política monetária que pode elevar os custos dos empréstimos mais cedo do que o esperado, à medida que a inflação persiste na maior economia do mundo.

No acumulado do mês, a moeda norte-americana acumula avanço de 1,78%. Veja mais cotações.

Contexto

No radar os investidores permaneceu a expectativa de aumento de juros já em março nos Estados Unidos e preocupações com infecções crescentes por Covid-19, enquanto, no Brasil, investidores monitoraram as perspectivas da saúde das contas públicas e a piora das expectativas para a economia em 2022.

No exterior, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que movimentos mais rápidos do que o esperado pelo Federal Reserve na política monetária dos EUA podem afetar economias emergentes e provocar saídas de capital e depreciação cambial no exterior.

O potencial enxugamento de liquidez pelo BC norte-americano representa um desafio adicional para a classe de ativos emergentes (da qual faz parte o real), que costuma sofrer em situações assim devido ao risco de fuga de capital para os EUA, onde a rentabilidade dos títulos ficaria maior com a alta de juros, pano de fundo de daria suporte ao dólar.

O salto nos rendimentos dos títulos soberanos dos EUA — visto como impulso global para o dólar — vem depois de o banco central norte-americano, o Federal Reserve, ter indicado na ata de sua última reunião de política monetária que pode elevar os custos dos empréstimos mais cedo do que o esperado, à medida que a inflação persiste na maior economia do mundo.

Por aqui, os analistas do mercado financeiro voltaram a reduzir a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) para 2022. O mercado estima agora uma alta de 0,28%, contra 0,36% na semana anterior, segundo boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central.

Já a projeção para a taxa de juros básicos (Selic) ao final de 2022 foi elevada para 11,75%.

Os analistas consultados pelo BC reduziram pela quinta semana seguida a previsão de inflação consolidada de 2021 — de 10,01% para 9,99%. Já a previsão para o ano de 2022 continuou em 5,03%, acima do teto do sistema de metas para o ano (5%).

Ainda na cena doméstica, "uma nova dor de cabeça fiscal veio à tona", disseram economistas do Citi em relatório divulgado nesta segunda-feira (10). O comentário faz referência às pressões recentes do funcionalismo público por reajustes salariais, após várias categorias de servidores anunciarem planos de paralisações e entregas de cargos.

"Essa questão não é comparável aos desafios recentes (Auxílio Brasil e pagamentos de precatórios) em termos de seu potencial de causar estragos para o real. No entanto, ainda deve ser monitorada", afirmou o banco norte-americano, acrescentando que parte da volatilidade vista no mercado de câmbio na semana passada pode ser atribuída à liquidez extremamente baixa.

 

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