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sexta-feira, 29 de março de 2024

Dólar fecha em alta com riscos domésticos no radar

2021-01-27 16:47:43

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (27), recuperando terreno após a forte queda da véspera, em linha com os ganhos da divisa norte-americana no exterior. Nesta sessão, os investidores continuaram acompanhando com cautela a situação fiscal, sanitária e política do Brasil.

A moeda norte-americana subiu 1,52%, cotada a R$ 5,4066. No mês e no ano, a moeda norte-americana acumula avanço de 4,23%. Na tarde desta quarta, o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) manteve sua taxa de juros estável entre zero e 0,25%, e se comprometeu novamente a fazer o que puder nos próximos meses para sustentar uma recuperação econômica norte-americana ameaçada pela pandemia.

No Brasil, o Banco Central anunciou que a partir desta quarta-feira dará início à rolagem dos contratos de swaps cambiais tradicionais com vencimento em 1º de março, no valor total de US$ 11,8 bilhões (234.996 contratos). A conjuntura política e fiscal falhava em fornecer algum alívio para o sentimento dos investidores, que acompanhavam notícias das eleições para as presidências da Câmara e do Senado.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse na terça-feira que o prêmio de risco das reformas é um dos fatores por trás da volatilidade cambial e que, nesse sentido, as eleições para o Congresso também têm afetado os preços da moeda.

Paloma Brum, economista da Toro Investimentos, explicou à Reuters que os desdobramentos políticos em Brasília podem definir o fracasso ou o sucesso do governo do presidente Jair Bolsonaro com sua agenda de reformas, o que também pesaria sobre a questão fiscal brasileira.

Há meses os investidores acompanham preocupados as contas públicas do país, temendo que o teto de gastos seja desrespeitado de forma a financiar medidas de assistência social, o que poderia aumentar a dívida pública e prejudicar a atratividade do Brasil aos olhos dos mercados estrangeiros.

Enquanto isso, a imunização da população brasileira contra a Covid-19 segue no radar dos investidores. "Nossa vacinação tem se dado de maneira bem mais lenta do que em outras economias", disse Paloma Brum. "Questões logísticas e políticas — ou qualquer coisa que retarde a imunização — o mercado vai acabar precificando, pois isso pode retardar uma recuperação econômica."

 

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