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quinta-feira, 28 de março de 2024

Número de empréstimo consignado aumenta 20% no primeiro trimestre

2020-05-24 08:29:41

O número de empréstimos consignados aumentou 20% nos três primeiros meses deste ano. Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), foram abertos 3.332.479 contratos de crédito em janeiro, fevereiro e março, que coincide com o início do isolamento social no Brasil para combater a pandemia de coronavírus.

Em 2019, no mesmo período, foram 2.793.768 operações. Os dados de abril ainda não estão disponíveis.

O volume em dinheiro também teve um crescimento de 18.4%. De acordo com o Banco Central, o valor dos empréstimos consignados passou de R$ 47 milhões, nos três primeiros meses de 2019,  para R$ 55,7 milhões, neste ano.

O crédito consignado é concedido a quem tem o salário ou a aposentadoria creditada em conta corrente. Por ser descontado diretamente na folha de pagamento ou aposentadoria do cliente, é uma opção de empréstimo fácil e tem uma das menores taxas do mercado.

Para os aposentados, a taxa varia entre 1,51% (Caixa) e 1,73% (Itaú) ao mês. Para o funcionário público, entre 1,28% (Caixa) e 1,65% (Itaú), e para o empregado do setor privado, de 1,45% (Caixa) a 2,40% (Itaú) ao mês.

Cuidados com dívidas

Por isso, é preciso cuidado para não aumentar o endividamento. A inadimplência das famílias brasileiras em maio atingiu o maior porcentual da série histórica para o mês desde janeiro de 2010, segundo pesquisa da CNA (Confederação Nacional do Comércio). O índice atingiu 10,6%, ante 9,9% em abril, indicando o aumento de famílias que declaram não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, em meio às restrições de renda decorrentes da pandemia do coronavírus.

"É um momento bastante sensível para os consumidores, uma crise de saúde que traz uma crise econômica. Pode ter redução de renda, desemprego, então é muito importante que as pessoas fiquem atentas ao seu orçamento para não se endividarem."

Oliva explica que há três razões principais que as pessoas acabam gastando mais do que podem. A primeira é a compra por impulso, sem controle, que desestabiliza o orçamento pessoal. A outra razão é quando acontece um imprevisto, uma despesa extra sem que a pessoa tenha recurso guardado para isso.

Mas é a terceira que tem ligação com esse momento que o país está vivendo de pandemia. É a quebra de receita, principalmente trabalhador informal, ou quem vai ter uma redução de renda, ou até mesmo o desemprego.

"Então essas três razões fazem que a gente tenha um desequilíbrio no nosso orçamento pessoal. Quando há essa situação de endividamento, é preciso ter uma estratégia para superar esse problema", orienta o diretor da Febraban. Veja as dicas de Oliva para sair do sufoco e construir hábitos financeiros saudáveis:  

Estratégias financeiras

1) O ponto de partida para organizar o orçamento pessoal é listar todas as dívidas. Mapear se tem dívida no cheque especial, prestações, fatura do cartão de crédito, empréstimo consignado.

2) Em seguida, listar também o que ganha, a renda, salário, comissão, aposentadoria, benefício, colocar o que tem de receita e, do outro lado, os gastos mensais, com aluguel, escola, farmácia, lazer. Isso ajuda a ter um olhar geral sobre os gastos.

3) Então o primeiro passo como orientação ao consumidor é fazer esse orçamento pessoal. No momento que se tem esse panorama, é mais fácil cortar algum exagero, um gasto desnecessário.

4) O importante é levar para a família, discutir se acaba gastando mais do que recebe e medidas de redução de gastos para sair dessa situação. 

5) Com o orçamento pessoal pronto, é hora de definir a estratégia do que pode ser renegociado, fazer aquela dívida mais cara tornar-se uma dívida mais barata. 

6) Depois de olhar o orçamento, avaliar compras que podem ser excluídas, valores que podem ser economizados, renegociar as dívidas e acabar de pagá-las, é importante passar para um terceiro passo, que é construir hábitos fincanceiros saudáveis.

7) Quando se acostuma a pagar a parcela de financiamento todo mês, quando ela acaba, é importante reservar esse valor para um projeto especial, para um sonho. Nesse momento, a pessoa deixa de ser devedora e passa a ser aplicadora, investidora e entra em outro  momento, de construir a cidadania financeira

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