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quinta-feira, 28 de março de 2024

Dólar fecha quase estável nesta sexta, de olho em guerra comercial

2019-11-22 16:37:40

O dólar fechou quase estável nesta sexta-feira (22), com o mercado ainda de olho no rumo das negociações comerciais entre China e Estados Unidos e monitorando as tensões políticas recentes. A moeda norte-americana caiu 0,04%, a R$ 3,1918. Na semana, o recuo foi de 0,02%. No acumulado do mês e do ano, no entanto, há alta acumulada de 4,54?,2%, respectivamente.

A semana foi marcada por dúvidas em relação às chances de a China e os Estados Unidos fecharem um acordo para colocar fim à guerra comercial que vem afetando os mercados e gerando dúvidas sobre o impacto na economia global desde o começo de 2018. Nesta sexta, o presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a China quer desenvolver um pacto comercial inicial com os Estados Unidos e vem tentando evitar uma guerra comercial.

Segundo Alessandro Faganello, operador de câmbio da Advanced Corretora, os agentes do mercado estão "cautelosamente otimistas" em relação à notícia. "Os mercados emergentes estão se beneficiando um pouco dessas declarações, com um aumento do apetite a risco", disse à Reuters.

No entanto, para Faganello, o progresso não foi grande o suficiente para apagar os temores dos investidores sobre os riscos negativos da disputa para a economia global, o que limitava os ganhos do real. "Essa retórica comercial acaba sempre deixando o mercado receoso", disse Faganello.

Moeda perto de R$ 4,20

Na segunda-feira, o dólar fechou no maior valor nominal da história, a R$ 4,206. O recorde anterior havia sido registrado no dia 13 de setembro de 2018, quando a moeda encerrou os negócios vendida a R$ 4,1952. Além da guerra comercial, a moeda também é pressionada por outros fatores, como instabilidades políticas na América Latina e a redução da taxa Selic.

Para Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital, o dólar deve se manter acima dos R$ 4,00 pelo menos até o primeiro semestre de 2020. “A queda da diferença entre as taxas de juros internas e externas é um dos motivos. Reduziram-se em muito os atrativos para que haja um fluxo de dólares para o mercado brasileiro. O Banco Central acelerou o ciclo de cortes dos juros básicos, trazendo-os a inéditos 5% ao ano e com perspectiva de chegarmos em 4,5% nos próximos meses”, disse e nota.

Já Daniela Casabona, Sócia-Diretora da FB Wealth, diz que o dólar deve se manter em alta até a resolução das disputas do cenário externo. “Temos as incertezas em relação a América Latina, o que tem levado a aversão ao risco dos investidores e complicações com guerra comercial. É provável que esse ano ele continue nesse patamar, mas se houver acordos, a situação pode amenizar um pouco", afirmou também em nota.

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