2019-06-24 15:11:04
A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais registrou alta real (descontada a inflação) de 1,92% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, para R$ 113,278 bilhões, informou nesta segunda-feira (24) a Secretaria da Receita Federal. Esse foi o segundo mês seguido de crescimento real na arrecadação.
Em maio de 2018, a arrecadação somou R$ 111,139 bilhões. Os valores foram corrigidos pela inflação.
De acordo com dados da Receita Federal, esse também foi o melhor resultado para meses de maio desde 2014 (ou seja, em 5 anos) – quando o resultado havia sido de R$ 116,237 bilhões.
De acordo com a Receita Federal, a arrecadação avançou, entre outros fatores, por conta do crescimento das receitas com "royalties" do petróleo, com alta real de 5,78% contra o mesmo mês do ano passado, para R$ 2,525 bilhões.
Também contribuiu para o resultado, de acordo com o Fisco, o aumento real de 23,47% na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte sobre rendimentos de capital, devido aos resgates de aplicações em renda fixa e em fundos de renda fixa.
Além disso, foi registrado crescimento real na arrecadação do Imposto Sobre a Importação e IPI Vinculado à Importação de 9,61%, na comparação com maio do ano passado. O resultado é explicado, principalmente, pelos crescimentos de 14,09% no valor em dólar das importações e de 10,05% na taxa de câmbio, informou a Receita Federal.
Parcial do ano
No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, a arrecadação somou R$ 637,649 bilhões, com aumento real de 1,28% frente ao mesmo período do ano passado. Trata-se do melhor resultado para os cinco primeiros meses de um ano desde 2014.
Segundo a Receita Federal, parte do crescimento da arrecadação, no começo deste ano, está relacionada com o resultado ainda de 2018, pois as empresas recolheram esses valores no primeiro trimestre deste ano.
Meta fiscal
O comportamento da arrecadação é importante porque ajuda o governo a tentar cumprir a meta fiscal, ou seja, o resultado para as contas públicas.
Para 2019, a meta do governo é de um déficit (resultado negativo, sem contar as despesas com juros) de até R$ 139 bilhões.
No ano passado, o rombo fiscal somou R$ 120 bilhões. Foi o quinto ano seguido de rombo nas contas públicas.
A consequência de as contas públicas registrarem déficits fiscais seguidos são o aumento da dívida pública e possíveis impactos inflacionários.