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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Manejo de pastagens é chave para a eficiência

“Toda fazenda deve realizar um planejamento forrageiro"

No Brasil, 95% da carne bovina é produzida em sistemas de pastagens, que ocupam cerca de 167 milhões de hectares, segundo a Embrapa. Este modelo produtivo reduz custos, evita a competição com alimentos humanos e contribui para a sustentabilidade, já que as pastagens sequestram carbono, compensando emissões de metano dos bovinos. O manejo correto dessas áreas é crucial para o crescimento saudável dos animais, impactando diretamente a eficiência produtiva e econômica das fazendas.  

Guilherme Foresti Caldeira, diretor da Axia Agro, destaca a importância de respeitar alturas de entrada e saída das pastagens e controlar a lotação para evitar superpastejo ou subpastejo. Além disso, a suplementação mineral e proteico-energética é frequentemente necessária para atender às demandas nutricionais dos animais. 

“Toda fazenda deve realizar um planejamento forrageiro, ou seja, avaliar a disponibilidade de pastagem ao longo do ano e a quantidade de matéria seca nas áreas. Com essas informações, é possível ajustar a lotação do pasto, considerando a quantidade de peso vivo animal por hectare, de forma a atender às necessidades alimentares de cada categoria de animal. Geralmente, os bovinos demandam entre 2,3% e 2,5% de seu peso vivo em matéria seca de pasto por dia. Com esses dados em mãos, é possível alocar adequadamente o número de animais por área, garantindo o equilíbrio entre oferta e demanda de alimento”, complementa Guilherme Foresti Caldeira, diretor de Categorias da Axia Agro.

Modelos como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e tecnologias emergentes, como monitoramento via satélite e drones, estão transformando o manejo de pastagens, permitindo ajustes mais precisos na lotação animal e aumentando a sustentabilidade do setor. Além disso, sistemas como a Intensificação Sustentável da Agropecuária, parte do programa ABC, integram soluções de baixo carbono para maximizar a eficiência e qualidade das pastagens.  

Porém, inovação exige capacitação. A formação contínua de pecuaristas e equipes é essencial para garantir o uso eficaz dessas tecnologias, promovendo a sustentabilidade e a competitividade da pecuária nacional no cenário global.

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