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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Ferrugem-asiática: prejuízos podem chegar a R$ 6 mil por hectare

Casos de ferrugem asiática na soja crescem 234%, indica Embrapa

No Brasil, a safra 2024/25 de soja está com quase toda a área plantada nos principais estados produtores. Após um início impactado por uma seca prolongada, as chuvas ocorridas entre o final de outubro e novembro possibilitaram a aceleração do plantio. Apesar do avanço, o clima segue como fator crítico, trazendo desafios para garantir boa produtividade e uma colheita bem-sucedida.

“Estamos entrando em um período de alta incidência de chuvas nas principais áreas produtoras de soja, o que pode gerar doenças fúngicas, como a ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi) que causa até 90% de perdas na lavoura, caso não seja controlada. Em números, em situações de alta severidade, os prejuízos podem ultrapassar R$ 6 mil por hectare, um prejuízo muito alto para o produtor”, explica Fábio Lemos, gerente de culturas e portfólio da FMC.

Outro dado alarmante é o aumento expressivo de casos de ferrugem asiática. De acordo com o Consórcio Antiferrugem, coordenado pela Embrapa Soja, a média de registros da doença nas últimas cinco safras foi de 33 ocorrências por ciclo. No entanto, no ciclo 2023/24, o número disparou para 111 casos, uma alta de 234%, indicando a urgência em reforçar o manejo fitossanitário. “O produtor precisa estar atento, desde o início do plantio, e fazer um manejo com rotação de ativos com a inserção de novas moléculas para evitar a propagação da doença. O portfólio da FMC, por exemplo, conta com o fungicida Onsuva®, que possui na formulação uma carboxamida inédita e exclusiva, o fluindapir e um triazol, o difenoconazole, altamente seletivo, que proporciona um melhor manejo de doenças e rotação com outras soluções existentes no mercado, promovendo a sustentabilidade no controle”, comenta o gerente.

O ativo fluindapir permite eficiência na rotação de ingredientes ativos, reduzindo a pressão de seleção de doenças. Com formulação altamente seletiva, o fluindapir promove a alternância com outras tecnologias disponíveis no mercado, reforçando a sustentabilidade no manejo agrícola.

Dentre outras estratégias para manejo da ferrugem-asiática, Lemos destaca as boas práticas como a ausência da semeadura de soja e a eliminação de plantas voluntárias na entressafra por meio do vazio sanitário para redução do inóculo do fungo, a utilização de cultivares de ciclo precoce, além de semeaduras no início da época recomendada e a utilização de fungicidas.

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