Redação
No último mês de janeiro, em Guarapari, no Espírito Santo, o público foi surpreendido durante o show de Ana Castela quando Dirceu Alegretto, vendedor de milho, cantor e compositor, foi convidado pela artista para interpretar “Moça de Novela”, uma música de sua autoria dedicada a ela.
Naquela noite, Dirceu, que cresceu em Sete Quedas e mora em Guarapari há dois anos, chamou a atenção de Ana ao levantar um banner destacando sua composição. Tocada pelo gesto, a cantora interrompeu sua apresentação e o convidou para cantar — para ele, um momento de nervosismo que se transformou em um sonho realizado.
“Foi muito interessante o que aconteceu no dia do show”, contou Dirceu ao jornal A Gazeta. “Sonhei que eu conversava com ela, e o mesmo do sonho aconteceu na realidade. Foi maravilhoso! Fiquei tão emocionado que me desafinei na hora de cantar a música que fiz em homenagem a ela.”
A música “Moça de Novela” celebra o universo da “boiadeira”, como Ana Castela também é conhecida, exaltando a vida no campo e se conectando com o estilo que fez a jovem sul-mato-grossense alcançar o sucesso. Para Dirceu, gravar a canção com ela seria o reconhecimento de sua paixão pela música sertaneja.
Dirceu também compartilhou uma curiosa conexão com Ana Castela: ele descobriu recentemente que a fazenda onde passou sua infância, na região da Aldeia Três Nascentes, pertence ao avô da cantora. Natural de Amambai, Ana foi criada em Sete Quedas e costumava visitar frequentemente a propriedade do avô, localizada na fronteira.
Foi nesse cenário que Ana gravou um vídeo caseiro cantando “Vaqueiro Apaixonado”, de Loubet, que viralizou e impulsionou sua carreira. Dirceu, que passou a admirar a artista após a publicação do vídeo, comentou: “Logo em seguida, teve um show dela em Paloma, em Salto del Guairá, e eu comecei a segui-la, porque ela é da região onde fui criado.”
Atualmente, Dirceu segue morando em Guarapari e mantém vivo o sonho de compartilhar sua arte com o público. A conexão com Ana Castela representa, para ele, uma fonte de inspiração para acreditar no poder transformador da música e da persistência.
