“Porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se” (Lc 15.24).
Entre tantas coisas que a Parábola do Filho Pródigo nos ensina, dois fatores são essenciais para a nossa salvação: O arrependimento do pecador e o perdão do Senhor! Um certo moço pediu ao seu pai a sua parte da herança e saiu pelo mundo gastar com as meretrizes, gozar os prazeres do mundo. Porém, tudo isso é passageiro. De repente, acabou o seu dinheiro, e se viu só, passando necessidade e fome!
Tudo estava bem, e nada faltava ao jovem; mas o desejo da carne falou mais alto: “E disse: Um certo homem tinha dois filhos. E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades” (Lc 15.11-14).
Na condição em que se encontrava, estava perdido, morto! A única esperança seria voltar para seu pai; e foi isso que fez: “E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores” (Lc 15.17-19).
Arrependido, humilhado, maltrapilho e com fome, voltou para seu pai, que nunca desistiu de esperar pelo filho; ao vê-lo, correu abraça-lo: “E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou sê-lhe ao pescoço, e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho” (Lc 15.20,21).
Perdoado pelo pai, foi tratado como filho, recebendo novas vestes, honras, e com festa: “Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés, e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se” (Lc 15.22-24).
Esta é a condição do pecador que está no mundo longe de Deus: Passando necessidade, fome, e morto espiritualmente. Porém, se reconhecer que é pecador e se arrepender; deixar o orgulho de lado e se humilhar, buscar a Deus, com certeza será bem recebido e honrado; terá suas vestes velhas trocadas, e haverá festa no céu: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10).
Assim como o pai do filho pródigo, não repreendeu o filho que voltou, mas recebeu-o, com abraços e beijos, assim também o Senhor, movido de íntima compaixão, recebe o pecador arrependido que volta para Deus: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1ªJo 1.9).