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Amambai
sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Juíza determina que réus da Operação Laços Ocultos em Amambai sejam presos novamente

Redação

A juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, determinou a prisão dos réus da Operação Laços Ocultos, que apura fraude em licitações e desvio de recursos em obras realizadas por empresas ligadas ao ex-vereador Valter Brito da Silva, contratadas pela Prefeitura de Amambai durante o período de 2017 a 2023. As obras totalizam R$ 78 milhões, e na investigação há indícios de desvios de recursos em supostos pagamentos de propinas.

Na última terça-feira, 30 de julho, a juíza Eucélia Moreira Cassal decidiu que o caso da Operação Laços Ocultos deveria retornar para a Vara Criminal de Amambai, depois que, por decisão da Justiça, o caso foi transferido para Campo Grande, suspendendo as decisões do juiz de Amambai. Com a decisão da juíza de Campo Grande, o caso retorna para a Comarca de Amambai, sob o comando do juiz Daniel Raymundo da Matta.

A juíza confirmou as decisões do juiz Daniel Raymundo da Matta, que decretou a prisão preventiva de Jucélia Barros Rodrigues, do engenheiro Júlio Arantes Varone e da delatora Joice Mara Estigarribia da Silva. O ex-vereador Valter Brito da Silva e Letícia de Carvalho Teoli Vitorasso receberam prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico para Letícia. Jonathan Fraga de Lima também teve a prisão preventiva decretada, mas conseguiu um habeas corpus e está em liberdade com tornozeleira eletrônica.

Procurado pela reportagem do Grupo A Gazeta, o advogado Ricardo Souza Pereira, que atua na defesa de Valter Brito da Silva, afirmou nesta quinta-feira (1º) apenas que “por decisão da juíza da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, ele está em prisão domiciliar”.

Suspeita de receptação e o que diz a defesa

Outro caso envolvendo o ex-vereador foi noticiado no dia 22 de julho, quando Valter Brito da Silva foi preso sob a suspeita de receptação de uma motoniveladora. O equipamento, avaliado em aproximadamente R$ 700 mil, teria sido furtado no dia 16 do mesmo mês no município de Dr. Ulisses, no Paraná, e foi localizado em Amambai pela Delegacia de Polícia Civil de Três Lagoas, que acionou a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron).

De acordo com a investigação, conforme o Boletim de Ocorrência n.º 92/2024 da DEFRON, Brito e outros dois indivíduos (J.D.B.J., de 38 anos, e S.A.B., de 51 anos) se apresentaram como proprietários da motoniveladora, mas as autoridades confirmaram que o equipamento era produto de furto. Diferentemente do divulgado por alguns veículos de comunicação de Campo Grande, o ex-vereador não está sendo acusado de furto, mas de receptação. A defesa de Valter Brito afirmou à redação da Gazeta que trabalha para provar que seu cliente, neste caso, foi vítima de uma tentativa de estelionato.

No caso da motoniveladora, Valter Brito pagou fiança de R$ 30 mil e responde ao processo em liberdade. No caso da Operação Laços Ocultos, Valter havia recebido um habeas corpus em 10 de julho, mas voltou a cumprir prisão domiciliar após a decisão de retornar o caso para o juiz de Amambai. O advogado de defesa, Dr. Ricardo Souza Pereira, disse ao Jornal A Gazeta que a defesa tenta um novo habeas corpus para que o réu responda em liberdade.

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