Os presidentes dos Conselhos de todos os países associados à International Fresh Produce Association (IFPA) se reuniram recentemente no Chile para discutir estratégias e tendências no setor de frutas, flores, legumes e verduras (FLV). O encontro, que contou com a participação de Alex Lee, presidente do Conselho da IFPA no Brasil, teve como foco temas técnicos, relações comerciais e, principalmente, os desafios de sustentabilidade que dominaram as discussões.
Uma das questões prementes discutidas foi a pressão para diminuir o uso de plástico nas embalagens de FLV, em linha com os compromissos ambientais de cada país. No entanto, a remoção total do plástico apresenta um paradoxo, uma vez que pode comprometer a segurança alimentar, expondo os produtos a contaminações. Estudos apontam que o setor de FLV representa apenas 3% do total de embalagens plásticas, levantando questionamentos sobre por que não focar em reduzir os plásticos em outros setores, como embalagens de bolachas, por exemplo.
Outro ponto crucial abordado foi a contribuição do setor de FLV para a redução da emissão de carbono. O setor tem o potencial de reduzir significativamente as emissões de CO2, sendo capaz de diminuir em 25% a emissão global de CO2 se o consumo atual de FLV dobrar. Isso inclui não apenas a produção agrícola, mas também a indústria de embalagens associada aos produtos.
Os altos custos de produção têm impactado a indústria de produtos frescos em todo o mundo. No entanto, o setor está comprometido em não sacrificar a qualidade dos alimentos. Pelo contrário, pretende intensificar as campanhas de consumo, enfatizando a saudabilidade dos produtos.
Outro aspecto discutido foi a necessidade de oferecer produtos prontos (convenience) para atender às demandas do consumidor moderno. No Brasil, a IFPA está realizando a Campanha de Sazonalidade, incentivando o consumo de frutas da época. A iniciativa disponibiliza materiais digitais de marketing e informativos para o varejo, visando promover uma alimentação mais saudável e consciente.