Nesta quarta-feira (22), foi divulgado que o faturamento bruto total estimado para os Cafés do Brasil, considerando as espécies Coffea arabica e Coffea canephora, deve atingir R$ 60,99 bilhões no ano-cafeeiro de 2024. Esse valor, se confirmado, representará um aumento expressivo de 23,8% em relação ao faturamento de R$ 49,24 bilhões registrado no ano anterior. As informações foram divulgadas pela Embrapa.
Segundo o divulgado pela Embrapa, para a espécie C. arabica (café arábica), a previsão de faturamento é de R$ 43,75 bilhões, correspondendo a 71,7% do total geral estimado. Já a receita bruta de C. canephora (robusta+conilon) foi projetada em R$ 17,23 bilhões, equivalente a 28,3% do total previsto para 2024.
Comparando com o ano-cafeeiro anterior, a receita de C. arabica, que foi de R$ 37,52 bilhões em 2023, deve crescer 16,6% em 2024. Em relação à espécie C. canephora, a previsão de receita para este ano é de R$ 17,23 bilhões, o que representa um aumento significativo de 47%.
Esses dados fazem parte do estudo Valor Bruto da Produção (VBP) de abril de 2024, divulgado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura Pecuária (Mapa). O estudo está disponível no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
O cálculo do VBP do Café tem como base a safra anual estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os preços médios recebidos pelos produtores, conforme estudo elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP). A análise considera os preços médios de 2023 e os valores de janeiro a abril de 2024, utilizando como referência o café arábica tipo 6 e o café robusta tipo 6, peneira 13 acima.
No ranking das receitas das 17 culturas estudadas pela SPA/Mapa, os Cafés do Brasil ocupam a quarta posição, com um VBP estimado em R$ 60,99 bilhões. A soja lidera com R$ 271,81 bilhões, seguida pelo milho com R$ 123,80 bilhões, e pela cana-de-açúcar com R$ 116,81 bilhões. Na quinta colocação, está a cultura do algodão, com receita de R$ 32,42 bilhões.
O desempenho do faturamento bruto das dezessete lavouras estudadas pela SPA/Mapa, juntamente com cinco produtos da pecuária, deve totalizar R$ 1,16 trilhão em nível nacional.
