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domingo, 24 de novembro de 2024

Exportações para a China aumentam 49%

As exportações do Brasil para a China aumentaram 49,1% no primeiro bimestre de 2024, impulsionadas por minério de ferro, petróleo e soja. Essas transações representaram 43% do superávit de US$ 11,9 bilhões na balança comercial brasileira durante o mesmo período, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

“Começamos o ano com resultados favoráveis, mas há dúvidas que essa trajetória de resultados recordes possa se consolidar. As projeções indicam saldos ao redor de US$ 80 bilhões. Duas questões ficam no radar. A primeira é relativa ao crescimento da China, que poderá ficar abaixo dos 5% projetados pelo governo do país e, logo, afeta o crescimento das exportações brasileiras. A segunda, como os dados do Icomex ilustram, é a reafirmação da concentração das exportações em commodities e no mercado chinês. Em adição, o destaque da indústria extrativa no primeiro bimestre de 2024, liderada pelo petróleo, poderá ter um papel mais relevante que do que o da agropecuária”, afirma o relatório do Icomex.

As exportações brasileiras para a China são dominadas por três produtos principais: petróleo (25%), minério de ferro (25%) e soja (22%), totalizando 72% de concentração. No primeiro bimestre, a participação da China nas exportações brasileiras foi de 29,1%, com um aumento de 47% em valor e 49,1% em volume. O saldo comercial foi de US$ 5,2 bilhões, representando 43% do superávit total do Brasil, conforme destacado pela FGV.

No primeiro bimestre de 2024, as exportações brasileiras para os Estados Unidos aumentaram 21,5% em volume e cresceram 20,5% para a Ásia (excluindo China e Oriente Médio). Para os Estados Unidos, que representam 12,1% das exportações brasileiras, o petróleo é o principal produto, com 15% de participação, seguido por semimanufaturados de ferro e aço, com 9,7%. Por outro lado, as vendas para a União Europeia diminuíram 3,7%, enquanto as exportações para a Argentina caíram 28,7% devido à crise econômica no país vizinho. Para os demais países da América do Sul, houve um recuo de 6,1% no volume exportado durante o mesmo período.

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