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domingo, 24 de novembro de 2024

Quebra de safra pode gerar alta nos preços dos supermercados

Estimativa de 299,8 milhões de toneladas pela estatal é 6,6 milhões menor do que a prevista em janeiro

Nesta terça-feira (27), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reuniu-se para abordar a crise que assola o setor agropecuário brasileiro. Com a redução projetada na colheita de grãos no Centro-Oeste, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ajustou suas projeções, prevendo números ainda menores para a produção, ampliando as preocupações sobre os impactos no Produto Interno Bruto (PIB) e no desemprego em todo o país. E caso a quebra de safra seja confirmada, pode resultatar em alta nos preços nos supermercados

A quebra de safra pode desencadear um aumento nos preços dos supermercados por diversas razões. Primeiramente, a redução na oferta de produtos agrícolas devido à quebra de safra diminui a disponibilidade desses alimentos no mercado. Com menos produtos disponíveis, a demanda pode superar a oferta, o que leva os preços a subirem devido à competição entre os consumidores pelos itens escassos. Além disso, a quebra de safra também pode impactar os custos de produção agrícola. Os agricultores enfrentam desafios adicionais, como a necessidade de investir em medidas para proteger suas plantações ou recorrer a tecnologias mais caras para mitigar os efeitos adversos do clima. 

Segundo o relatório divulgado no início de fevereiro, a estimativa de 299,8 milhões de toneladas pela estatal é 6,6 milhões menor do que a prevista em janeiro, representando uma diminuição de 6,3% em relação ao ciclo anterior (2022/23), que totalizou 319,8 milhões de toneladas.

O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), enfatizou que a crise atual demandará tempo e esforços para ser resolvida. Lupion ressaltou a necessidade de buscar soluções em parceria com o governo, deixando de lado disputas políticas e concentrando-se na assistência aos produtores diante da quebra de safra e seus efeitos prejudiciais.

De acordo com o deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), a situação enfrentada pelo setor agropecuário é complexa, refletindo-se nos preços elevados nos supermercados. Souza apontou que o aumento do custo de produção, associado às condições climáticas adversas, está pressionando os produtores, destacando que o problema principal não é a produção, mas sim o preço.

O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) expressou sua preocupação com a queda de produtividade sem perspectivas claras de melhora. Bagattoli alertou que a segunda safra, incluindo o milho safrinha e o algodão, também será afetada, tornando a quebra de safra um desafio que pode persistir além do esperado. Em resposta à crise, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) apresentou o projeto de lei 165/2024, visando a renegociação das dívidas dos produtores rurais. Nogueira destacou que essa medida busca proporcionar um alívio financeiro aos agricultores, permitindo-lhes enfrentar os desafios de forma mais resiliente e evitar um endividamento excessivo que comprometeria suas operações.

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