Em 2023, mais de 120 produtores no Pantanal aderiram à produção de carne sustentável e orgânica, marcando um aumento de 30% em comparação ao ano anterior. A Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO) divulgou esses dados, enfatizando seu papel fundamental na promoção de padrões auditáveis para certificação, com ênfase em critérios socioambientais e boas práticas produtivas na região.
“Foram 130 mil animais abatidos pelos produtores que seguem o protocolo, isso se deve a uma maior adesão e a essa responsabilidade que o pantaneiro tem com o bioma. Essa ação conjunta de fomento da pecuária pantaneira, entre Governo do Estado de MS, Semadesc, CNA e a ABPO, é uma forma de dar o retorno justo ao produtor que está lá ponta, preocupado com a sustentabilidade da sua produção, e com inúmeros desafios para manter sua produtividade e a proteção do bioma, de forma alinhada”, destaca o presidente da ABPO, Eduardo Cruzetta.
Os abates na região cresceram 66% em um ano, com destaque para cerca de 70% dos animais machos apresentando excelente acabamento de gordura para o mercado. Os incentivos para produtores que adotam práticas orgânicas ou sustentáveis aumentaram significativamente, passando de R$8 milhões em 2022 para R$12 milhões no ano passado.
“Os dados do programa são um indicativo de que o produtor pantaneiro, além de estar de acordo com as regulações ambientais do bioma, tem investido em tecnologias para a melhoria da sua produção. É uma produção quase artesanal, já que são muitos fatores que influenciam na produção dessa carne, e o produtor precisa ser valorizado por esse processo. Por isso, a importância do protocolo e da sua aplicação de forma consciente e certificada”, pontua o diretor executivo da ABPO, Silvio Balduíno.