O temporal que atingiu o estado em 16/01 teve impactos limitados nas lavouras de arroz, conforme revelado pelo Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (25/01). Relatos indicam apenas danos pontuais nas estruturas de taipas de algumas lavouras devido à intensidade da precipitação.
Atualmente, a cultura de arroz encontra-se predominantemente em fase vegetativa, exibindo boa tolerância ao acamamento. No entanto, à medida que mais áreas entram na fase reprodutiva nas próximas semanas, a exposição a ventos fortes pode resultar em danos mais significativos. Rizicultores em estágio de floração estão adotando estratégias, como elevar a altura da lâmina de irrigação, para aumentar a tolerância ao frio, especialmente em temperaturas abaixo de 15 °C.
No aspecto dos tratos culturais, são destacados o controle de plantas invasoras em pós-emergência, aplicações de adubos nitrogenados em cobertura e o monitoramento constante de pragas e doenças.
Na região de Bagé, em Dom Pedrito, algumas lavouras em áreas mais baixas foram brevemente submersas, resultando em perda estimada de 3% no potencial produtivo devido à baixa incidência de radiação solar durante a fase crítica de desenvolvimento. Nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste, a nebulosidade predominante prejudica o desenvolvimento do arroz e favorece o surgimento de doenças.
Em Pelotas, a cultura de arroz apresenta um aspecto satisfatório, com estágios predominantes de desenvolvimento vegetativo e floração, enquanto em Soledade, as condições climáticas favoráveis, com boa incidência de radiação solar, aceleraram o crescimento da cultura. Contudo, picos de temperatura podem afetar lavouras em fase de florescimento.
Quanto à comercialização, o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar mostra uma redução de 1,36%, passando de R$ 126,43 para R$ 124,91 por saca de 50 quilos.