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sábado, 23 de novembro de 2024

Projeto piloto do Ministério da Saúde usa a autocoleta para diagnosticar o HPV

Os agentes comunitários estão em busca de mulheres que não estão em dia com o exame para rastrear o câncer de colo de útero.

Cinco cidades brasileiras estão participando de um projeto piloto, do Ministério da Saúde, que usa a autocoleta para diagnosticar o HPV.

Os agentes comunitários estão em busca de mulheres que não estão em dia com o exame para rastrear o câncer de colo de útero.

“A gente tem mulheres que fazem mais de 13 anos que não fez coleta”, conta Juliane Souza de Paulo, Agente Comunitária de Saúde.

No Papanicolau, também conhecido como preventivo, um profissional de saúde colhe amostras do tecido do útero e deve ser feito preferencialmente a cada ano depois do começo da vida sexual. A Romilda não fazia o exame havia quatro anos.

“Eu achava muito constrangedor”, diz Romilda Pereira, zeladora, participante da pesquisa.

Cinco cidades brasileiras participam de projeto piloto, do Ministério da Saúde, que usa a autocoleta para diagnosticar o HPV — Foto: Reprodução/TV Globo

Cinco cidades brasileiras participam de projeto piloto, do Ministério da Saúde, que usa a autocoleta para diagnosticar o HPV — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, mais de 6% das mulheres de 25 a 64 anos nunca fizeram o preventivo. O Ministério da Saúde quer mudar essa estatística e derrubar a barreira que pacientes têm em relação ao Papanicolau.

Para isso, vai avaliar a aceitação do auto-teste, que já existe no mercado, mas muita gente desconhece. Nele, a própria mulher coleta em casa o material, que será analisado por um laboratório. Esse projeto piloto está convidando cerca de mil mulheres de cinco cidades brasileiras, uma de cada região.

Em todas as cidades que participam do projeto, a pesquisa é feita por amostragem. Em Maringá, serão 320 mulheres com idade entre 25 e 64 anos. São pacientes que não fizeram o exame preventivo há pelo menos 4 anos. E elas serão divididas em dois grupos. Pra um grupo vai ser oferecido o Papanicolau. Pro outro grupo, a autocoleta.

“Pode ser feito o auto teste ali na hora, no momento. A mulher pode fazer no momento e já devolver para a agente comunitária de saúde. Ela pode fazer depois, 15 dias depois a agente comunitária de saúde vai retornar na casa dessa mulher pra pegar o exame”, destaca Clovis Mello – Secretário de Saúde de Maringá.

Se a autocoleta for bem aceita, ela poderá ser oferecida pelo sistema público de saúde. O objetivo é incentivar as mulheres a fazerem o preventivo. O câncer de colo de útero mata, em média, 7 mil brasileiras por ano. Mas, quando descoberto no início, através do exame, as chances de cura são altas.

“Nossa expectativa é que se aplicando pro sistema público de saúde a gente vai poder chegar nos objetivos da Organização Mundial da Saúde que é a eliminação do câncer de colo uterino. Quando dizemos eliminação, não é que não vão ocorrer raros casos no país, mas que vão ser salvas milhares de vidas evitando que as mulheres tenham esse câncer que é totalmente prevenível”, ressalta Marcia Consolaro.

A Romilda aprovou a autocoleta.

“Sempre todo ano, de 6 em 6 meses”.

Cinco cidades brasileiras participam de projeto piloto, do Ministério da Saúde, que usa a autocoleta para diagnosticar o HPV — Foto: Reprodução/TV Globo

Cinco cidades brasileiras participam de projeto piloto, do Ministério da Saúde, que usa a autocoleta para diagnosticar o HPV — Foto: Reprodução/TV Globo

FonteG 1

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