Para 2024, as principais expectativas econômicas incluem a possível redução da inflação e das taxas de juros, representadas pela taxa Selic, que encerrou 2023 em 11,75% ao ano. Economistas fundamentam suas previsões em fatores como as condições das contas públicas, o cenário político e econômico global, e a atividade econômica.
As reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, realizadas a cada 45 dias, consideram esses elementos. Embora se espere uma diminuição da inflação e dos juros em 2024, as nuances, como a extensão e o momento dessas reduções, geram divergências entre os analistas econômicos.
O Banco Central tem como principal função manter a inflação sob controle, assegurando a estabilidade dos preços e do poder de compra da moeda. Utiliza a taxa Selic como instrumento chave para atingir esse objetivo. A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2024 é uma inflação de 3% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O foco não é necessariamente reduzir a inflação, mas garantir que os aumentos de preços estejam dentro desse intervalo previsto.
As projeções atuais indicam uma expectativa de queda na inflação e nos juros para o ano de 2024. Segundo o Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, cerca de 140 instituições financeiras projetam essa redução com base na edição mais recente de 26 de dezembro. O mercado estima que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre 2024 em 3,91%, alinhando-se com a meta estabelecida e ficando abaixo do nível de novembro, que apresentava uma alta de 4,68% em 12 meses.