“Produzir mais biodiesel é estimular a neoindustrialização”
A Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) divulgou um estudo prévio à reunião do CNPE, afirmando que o aumento do biodiesel no óleo diesel não afeta os planos da Petrobras. Segundo a FPBio, o biodiesel nacional pode substituir parte do diesel importado, gerando economias bilionárias que representam uma significativa saída de divisas.
Alceu Moreira, presidente da FPBio, acredita que o estudo convencerá os ministros do CNPE a apoiarem a expansão do biodiesel, superando resistências do setor petroleiro preocupado com possíveis riscos à Petrobras. “O trabalho técnico da FPBio derruba essa argumentação. O aumento do biodiesel não interfere no fluxo de receitas da Petrobras”, afirma o deputado. “O biodiesel não é um concorrente, mas um aliado e complemento aos esforços nacionais para reduzir a dependência energética externa e promover a descarbonização”, completa.
A reunião do CNPE em 18 de dezembro avaliará antecipar o aumento do biodiesel de 12% para 15%, com a FPBio esperando a liderança do presidente Lula e do ministro Alexandre Silveira, destacando a vantagem política de anunciar a expansão pós-COP28. Apesar da antecipação para 2024, o Brasil continuará importando diesel devido à demanda não atendida pelas refinarias locais. O estudo, com base em dados da ANP, EPE e Petrobras, sugere que antecipar o aumento do biodiesel é a maneira mais rápida e econômica de reduzir as importações, dada a atual dependência de 25% de diesel importado.
“Produzir mais biodiesel é estimular a neoindustrialização, a geração de empregos, a renda no campo, o aumento do valor agregado das exportações (cadeias da proteína animal e soja) e a utilização, em sua produção, de subprodutos que possam gerar impacto ambiental, como gorduras animais e óleos residuais. Isso tudo acompanhado da redução substancial das emissões de poluentes, sem mencionar que o Brasil pode se tornar um expoente na exportação de biodiesel”, ressalta Alceu Moreira.
Fonte: Agrolink