A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) divulgou suas atualizações sobre o desempenho do Complexo da Soja, destacando os números consolidados de 2024 e as projeções para 2025. O setor registrou resultados expressivos ao longo do ano, consolidando-se como um dos principais pilares do agronegócio brasileiro.
Encerrando 2024, a produção de soja atingiu 154,39 milhões de toneladas, refletindo um crescimento de 0,6% em relação à última previsão. O esmagamento foi revisado positivamente para 55,8 milhões de toneladas, um aumento de 0,7%. A produção de farelo de soja também acompanhou essa evolução, finalizando o ano com 42,6 milhões de toneladas, enquanto o óleo de soja cresceu 2,2%, totalizando 11,34 milhões de toneladas.
O crescimento expressivo das exportações de farelo de soja, especialmente frente à crescente concorrência internacional com os EUA e a Argentina, foi um dos principais fatores que explicam esses resultados.
Primeiros Dados de 2025
Em contraste com os dados finais de 2024, os primeiros dados de 2025, referentes ao mês de janeiro, indicam que o processamento foi de 3,27 milhões de toneladas, representando uma queda expressiva de 6,5% em relação a dezembro de 2024, quando ajustado pelo percentual amostral.
De acordo com Daniel Furlan Amaral, Diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da ABIOVE, “o menor esmagamento em janeiro pode ser explicado pelo atraso da colheita aqui no Brasil em relação aos anos anteriores”.
Projeções para 2025
Para 2025, a projeção passa por uma alteração, demonstrando queda em alguns números, mas mantendo a projeção de novo recorde para o setor. A produção de soja recuou 0,5%, devendo alcançar 170,9 milhões de toneladas, enquanto o esmagamento deverá se manter, chegando a 57,5 milhões de toneladas. A produção de farelo e óleo de soja permanecerá estável, atingindo 44,1 milhões de toneladas e 11,4 milhões de toneladas, respectivamente.
No cenário das exportações, os números também seguem otimistas. A expectativa é que o Brasil exporte 106,1 milhões de toneladas de soja em grãos, enquanto o farelo de soja deve atingir 23,6 milhões de toneladas, um crescimento de 3,1%. Já o óleo de soja deverá exportar cerca de 1,4 milhão de toneladas, apresentando um avanço de 27,3%. Além disso, as importações de óleo de soja devem recuar em 50%, caindo para 100 mil toneladas, e as importações de soja devem somar 500 mil toneladas para complementar a oferta no mercado interno.