O vereador Celso Capovilla (PL), usou a tribuna na sessão desta segunda-feira (10), ocasião em expôs a situação enfrentada por pacientes e familiares no Hospital São Mateus, o único hospital do município. Segundo ele, a situação é grave – além da falta de estrutura, há um problema básico e humilhante: a ausência de um banheiro acessível na parte externa da recepção, o que obriga muitos pacientes a urinarem ou vomitarem no chão.
Falta de gestão e demora na conclusão de obras
A denúncia apontada por Capovilla também trouxe à tona a falta de gestão, tanto dos recursos, quanto de pacientes dentro da unidade de saúde. Embora o vereador reconheça que a maioria da direção do hospital esteja tentando dar o seu melhor, ele destacou que a população está cansada de esperar por melhorias que nunca chegam.
“O que os caarapoenses querem é um atendimento mais digno. São seis anos de uma obra inacabada e uma estrutura que não acompanha a demanda da cidade. Enquanto isso, a direção parece mais preocupada em querer que vereadores se retratem por falarem verdades difíceis de engolir do que em resolver os problemas que afetam diretamente a população”, afirmou Capovilla.
Garantia de liberdade parlamentar
Com relação ao pedido de retratação, pedido pela direção do hospital, o vereador pontuou que a atuação parlamentar na tribuna está protegida pela Constituição Federal. “No Art. 29, inciso VIII, assegura que vereadores não podem ser responsabilizados (não são imputáveis) por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato. A Lei Orgânica do Município de Caarapó, em seu Art. 17, reafirma essa prerrogativa, garantindo liberdade para os parlamentares denunciarem problemas e cobrarem soluções sem sofrer represálias”, citou.
“Os fatos estão aí para quem quiser ver. O que queremos é que a população tenha o atendimento que merece. E não vamos nos calar diante de problemas que afetam diretamente a vida dos munícipes”, concluiu o vereador.
A denúncia repercutiu nas redes sociais e entre moradores do município, que cobram respostas da administração do hospital sobre as condições da unidade de saúde e a conclusão da obra que já se arrasta há seis anos.