A cultura do arroz no Rio Grande do Sul teve melhora nas condições de irrigação devido às recentes chuvas, segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (30). Apesar da reposição moderada de água em barragens e cursos d’água, as temperaturas elevadas seguem preocupando os produtores, principalmente na Fronteira Oeste, onde os termômetros ultrapassaram os 40°C.
Atualmente, 30% das lavouras estão em floração e 50% em fase vegetativa, sendo grande parte em pré-floração, estágios sensíveis ao estresse térmico. A irrigação precisou ser adaptada em algumas regiões devido à rápida redução dos níveis dos reservatórios, com alguns produtores interrompendo o fornecimento de água ou adotando um sistema de irrigação intermitente nas lavouras semeadas mais tardiamente.
A colheita já começou em algumas áreas, principalmente no Extremo Oeste do Estado, e a produtividade tem sido considerada satisfatória. Segundo o Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA), foram cultivados 927.885 hectares de arroz irrigado, com uma estimativa de produtividade inicial de 8.478 kg/ha.
Na região de Bagé, em Itaqui, já foram colhidos 8% dos 67 mil hectares cultivados, com bom potencial produtivo. Em Uruguaiana, as chuvas recentes trouxeram alívio aos produtores, garantindo uma melhor reposição hídrica. Já em São Borja, 20% da área cultivada está em fase de maturação, com expectativas otimistas de colheita no fim de janeiro, impulsionadas pela boa radiação solar e pelo adequado manejo da água.
Na região de Pelotas, 86% das lavouras seguem em desenvolvimento vegetativo e 14% já estão em floração. Os produtores mantêm os tratos culturais, como irrigação e adubação com ureia, e o clima favorável gera otimismo quanto à produtividade.