Amambai encerrou 2024 com 998 casos confirmados de dengue e três óbitos, números que reforçam a gravidade da doença no município. Em janeiro deste ano, foram notificados 67 casos de dengue e 64 de chikungunya, com três confirmações para esta última.
Segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde, Sinthia Maciel Neves, o número real de casos pode ser ainda maior devido à falta de exames realizados pelos pacientes. “Além de ajudar no tratamento correto, os exames são essenciais para mapear a situação da doença e planejar as ações de combate”, explica. Ela reforça a importância de procurar o atendimento médico e realizar exames para garantir um diagnóstico preciso.
Ações de combate
A Secretaria de Saúde tem intensificado visitas às residências para orientar a população sobre os riscos da dengue e como se prevenir. Além disso, são realizadas ações diárias de controle mecânico, que consistem na eliminação de locais e recipientes que possam acumular água. Quando não puderem ser descartados, a recomendação é que sejam vedados ou tratados corretamente.
Outra medida que tem sido realizada em Amambai é o bloqueio químico, aplicado sempre que há um caso suspeito de dengue, chikungunya ou zika. A coordenadora explica que essa ação abrange o quarteirão onde ocorreu a notificação e os oito quarteirões ao redor, totalizando nove áreas protegidas. O bloqueio químico consiste na aplicação de inseticidas em locais com suspeita ou confirmação de casos da doença, com o objetivo de eliminar o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Para que o bloqueio seja mais eficiente, a Prefeitura reforça a importância de os moradores abrirem portas e janelas no momento da aplicação do inseticida, permitindo que o produto tenha maior alcance e eficácia.
Além disso, os moradores devem sempre receber os agentes de combate a endemias, que estão devidamente uniformizados e se apresentam de forma adequada. Imóveis que não podem ser visitados podem esconder criadouros do mosquito e contribuir para a proliferação da doença, aumentando os riscos de transmissão de arboviroses.
Limpeza e conscientização
Para reduzir os focos do mosquito, a Prefeitura também tem intensificado ações de limpeza em vias públicas e estradas vicinais, onde há descarte irregular de lixo. No entanto, servidores relatam que, mesmo após as limpezas, alguns moradores continuam jogando resíduos de forma inadequada.
O secretário de Saúde, Alessandro Godoi Barbosa, alerta que o descarte irregular é um crime ambiental e contribui diretamente para a proliferação da dengue.
A Prefeitura reforça o pedido para que a população mantenha os terrenos limpos, elimine criadouros do mosquito e denuncie descartes irregulares. O combate à dengue é um compromisso de todos e só será eficaz com a participação coletiva.