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Amambai
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Combustíveis sobem no sábado

Motivo é: aumento de “centavos” na parte do ICMS do Estado, e desvalorização do Real frente ao dólar.

Os combustíveis vão ficar mais caros a partir de sábado (1). Essa informação quase todo mundo já está sabendo, já que está em todos os canais de informações e redes sociais. A expectativa é de quanto será esse aumento.

O Jornal A Gazeta conversou com alguns donos de postos de combustíveis de Amambai e registrou os preços praticados em algumas placas no dia 29 de janeiro, para depois conferir o exato aumento que irá ocorrer após o reajuste. Está todo mundo na expectativa.

MOTIVOS DO AUMENTO

Além da inflação que vem pressionando tudo, pelo menos dois outros motivos explicam o aumento dos combustíveis. Primeiro é que o Estado de Mato Grosso do Sul, aliás, todos os Estados, irão subir o valor que cobram de ICMS sobre os combustíveis. A alta será de até 10 centavos sobre cada item (na gasolina, hoje, o ICMS é R$ 1,47; Diesel é R$ 1,12 e GLP é R$ 1,39). Em cima desses valores, o ICMS vai aumentar dez centavos.

Fora esse aumento do ICMS, outra questão é a pressão que os preços dos combustíveis vêm sofrendo com a alta do dólar em relação ao Real. No mercado global a cotação do barril tem até caído (em março, o petróleo brent, que é a cotação mundial, chegou a U$ 91 e atualmente está em torno de U$ 76). Como boa parte dos componentes do combustível consumido no Brasil é importado, há essa pressão pelo aumento nos preços devido à desvalorização do Real (27% em um ano). A defasagem estaria em 16% no diesel e em 12% na gasolina.

A Petrobrás não reajusta os preços dos combustíveis desde julho de 2024, quando teve aumento apenas na gasolina. Com a Petrobrás segurando os preços, as outras distribuidoras têm sofrido prejuízo, já que importam parte dos componentes dos combustíveis em dólar, e comercializam o produto no mercado interno em real. Com isso fazem pressão pelo aumento.

Já a Petrobrás, conforme a política do atual Governo, vem segurando os preços, para não provocar um aumento ainda maior na inflação, que já parece fora de controle, e desta forma, desgastar ainda mais a imagem do Governo junto à população. Só que parece que não dá mais para segurar. O aumento virá.

No último balanço divulgado da Petrobrás, referente ao segundo trimestre de 2024, a estatal teve prejuízo de R$ 2,6 bilhões. O último prejuízo havia sido registrado no terceiro trimestre de 2020 (R$ 1,5 bi), quando o mundo enfrentava a pandemia do covid-19. 

Por Clesio Damasceno

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