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domingo, 29 de dezembro de 2024

Cresce uso insumos biológicos contra doenças foliares

Doenças foliares podem reduzir a produtividade das lavouras em até 80%

A escassez de fungicidas protetores, como Mancozeb e Clorotalonil, tem colocado à prova a resiliência da agricultura brasileira nesta safra. Em meio ao aumento da incidência de doenças foliares em culturas como soja, algodão e milho, os insumos biológicos emergem como uma solução sustentável. De acordo com a Kynetec, mais de 30% das áreas agrícolas do país já adotaram essa tecnologia em 2023.

Segundo o informado pela Nitro, a falta de insumos redobra a preocupação com a proteção das lavouras, especialmente em culturas como café, trigo, feijão e cana-de-açúcar. Quando não manejadas adequadamente, as doenças foliares podem reduzir a produtividade em até 80%, prejudicando o desempenho do setor agrícola. A umidade e a exposição prolongada das folhas à água durante períodos chuvoso também pode agravar o surgimento de pragas, fungos e bactérias. “É fundamental proteger as folhas desde o início do ciclo da planta. Aplicações regulares de fungicidas biológicos potencializam os fungicidas químicos, ajudam a reduzir o inóculo das doenças e a manter a sanidade foliar, contribuindo para que o cultivo tenha melhores resultados ao longo do ciclo”, explica o gerente de produtos da Nitro, Vinícius Marangoni.

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De acordo com o especialista, além de sustentáveis, os bioinsumos oferecem vantagens práticas. As formulações modernas dispensam refrigeração e têm alta compatibilidade com misturas de tanque, facilitando o manejo. “Com doses baixas, na casa de 0,2 – 0,5 L/ha e facilidade de aplicação, os biológicos podem até mesmo substituir em algumas situações os produtos químicos tradicionais como mancozeb e clorotalonil, aumentando a eficiência de controle e promovendo uma agricultura mais sustentável”, afirma Marangoni.

O uso tem sido predominante em culturas como soja, milho, cana-de-açúcar e algodão, mas apresenta potencial de expansão em áreas como café e fruticultura, que possuem taxas de aplicação abaixo de 15%. Marangoni destaca a importância do uso integrado dos bioinsumos.”Os biológicos não substituem completamente os químicos, mas, quando aplicados em conjunto, oferecem uma abordagem robusta e resiliente para o manejo de doenças foliares. Contudo, em alguns casos, a substituição dos químicos permite obter resultados minimamente equivalentes e muitas vezes superiores”, comenta. Aliar essas soluções às boas práticas agrícolas, como escolha de variedades resistentes, nutrição adequada e manejo eficiente, é fundamental para otimizar os resultados no campo.

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