Os servidores Jucélia Barros Rodrigues e Júlio Arantes Varone, acusados de participarem de um esquema de fraudes em licitações e desvios de recursos em obras realizadas para a Prefeitura de Amambai, foram presos novamente na quarta-feira (7). A prisão foi realizada pela Polícia Civil de Amambai, após a juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, convalidar as decisões do magistrado local e decretar as prisões dos réus, inclusive em regime domiciliar.
A nova decisão é um desdobramento da Operação Laços Ocultos, que investiga irregularidades em obras contratadas pela Prefeitura de Amambai entre 2017 e 2023. A operação, conduzida pela Justiça e Ministério Público, revelou indícios de fraude em licitações e possíveis desvios de recursos públicos. Os réus, que já haviam sido presos anteriormente, recorreram ao Tribunal de Justiça e obtiveram a revogação das prisões. No entanto, com o novo mandado, as prisões foram restabelecidas.
Além de Jucélia e Júlio Arantes, o ex-vereador Valter Brito da Silva também foi alvo das investigações e teve sua prisão domiciliar decretada. Valter Brito já havia sido preso anteriormente e, após um habeas corpus, estava em liberdade. Ele é suspeito de envolvimento no mesmo esquema de fraudes em licitações e desvios de recursos, além de estar respondendo a um processo por receptação de uma motoniveladora furtada.
No caso da receptação, Valter Brito foi preso em 22 de julho, após o equipamento ser encontrado em Amambai. Ele pagou fiança de R$ 30 mil e responde ao processo em liberdade. A defesa de Valter Brito alega que ele foi vítima de uma tentativa de estelionato e está trabalhando para provar sua inocência nesse caso.
A audiência de custódia que confirmou as prisões dos envolvidos ocorreu no dia 07 de agosto. A defesa dos réus deverá apelar novamente ao Tribunal de Justiça, que já havia revogado as prisões de outros envolvidos.
Fonte: A.N./Grupo A Gazeta
