A política partidária é uma ‘caixinha de surpresas’, dizem muito os próprios políticos. Mas, desta vez a surpresa é uma bomba, que foi acionada dentro do PL (Partido Liberal) de Mato Grosso do Sul. Após o que estaria tudo certo para as eleições municipais 2024, com até 40 pré-candidaturas próprias as prefeituras, sendo a sigla com maior percentual de candidatos, tudo foi detonado pela cúpula nacional contra o próprio partido em favor do PSDB.
A direção estadual, então com o deputado federal Marcos Pollon, já havia estruturado as pretensões eleitorais, sendo certas os 40 postulantes (veja lista abaixo). Mas, a apenas três meses do pleito eleitoral, ocorreu uma reviravolta, com acordo na semana passada, até inusitado, sem aval e conhecimento regional, em aliança de Jair Bolsonaro (PL) com Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, e Eduardo Riedel, atual governador de MS, também tucano.
Pollon que não aceitou, foi retirado do cargo, e com isto, os então pré-candidatos a prefeito do PL já estão sendo informados que não terão legenda para concorrerem na eleição de outubro. As mudanças ocorrem para refazer o PL e colocá-lo junto ao PSDB, que na maioria dos casos já tem e será o cabeça de chapa em ao menos pretendidos 50 municípios dos 79 em MS, como o principal Campo Grande, como Enfoque MS noticiou: Deputado com Bolsonaro confirma aliança do PL com PSDB na Capital.
O pré-candidato do PL em Ribas do Rio Pardo, Paulo Tucura, por exemplo, já sabe que não poderá concorrer. Na rede social, ele explicou que foi informado de que mudanças aconteceram após a aliança do PSDB com PL, que vão levar à desistência.
Ordem de cima
O exemplo da mudança de ultima hora, vem da surpresa segundo Tucura, que o diretório estadual, agora a uma semana, sob comando do Tenente Portela, amigo e indicado de Bolsanaro, entende que agora Ribas não pode ter candidato a prefeito.
“Lamento, porque seríamos o único candidato de direita, contra três candidatos de esquerda. Fui consultado se teria problema em apoiar o candidato do PSDB em Ribas do Rio Pardo “, declarou.
No vídeo, o ex-prefeito ainda fala em fidelidade a Bolsonaro, citando versículo da Bíblia como fala do ex-presidente: “Conhecereis a verdade e a verdade voz libertará”.
Em Nova Andradina, o pré-candidato, Arion de Souza, aceitou compor com o PSDB e deve ser o vice de Leandro Fedossi.
As mudanças são feitas a mando do próprio Bolsonaro, que fechou aliança e tirou Marcos Pollon da presidência do partido, colocando o amigo dele, Tenente Portela, no lugar.
Portela está sendo responsável, por ordem do próprio Bolsonaro, por definir onde o partido terá candidatura. A previsão é de que o PL fique com, no máximo, e chutando alto, 10 pré-candidatos em Mato Grosso do Sul.
A decisão está desagradando lideranças dos diretórios construídos por Pollon. A revolta é maior porque já não há tempo de trocarem de partido para concorrerem.
A lista de Pollon tinha 40 nomes, que podem ficar fora da eleição:
Água Clara: Dr. Ludowico
Alcinópolis: Manoel Nunes
Amambai: Zé Bambil
Aquidauana: Dr. Vitinho
Antônio João: Adriano Brum
Bataguassu: Dan Veterinário
Batayporã: Anderson Paes
Bela Vista: Leandro Dindo
Bonito: Jorginho Figueiredo
Caarapó: Alessandro Paulino
Campo Grande: João H. Catan
Coronel Sapucaia: Lindo Kefler
Cassilândia: Marcelo Pelarin
Corguinho: Ayres Cândido
Corumbá: Pastor André
Coxim: Salette Bell
Dourados: Gianni Nogueira
Eldorado: Oseas de Souza
Guia Lopes da Laguna: Dr. Max
Iguatemi: Juliana Lara
Ivinhema: Adão Gouveia
Inocência: Willian do Incon
Itaporã: Edilson Bigatão
Jardim: Lizete Bazzo
Jaraguari: Dr. Luiz
Jateí: Odair Pereira
Maracaju: Rovilson Corrêa
Naviraí: Rodrigo Sacuno
Nova Andradina: Arion de Souza
Paraíso das Águas: Ronivaldo Carvalho
Paranaíba: Robson Resende
Pedro Gomes: Delegado Murilo
Porto Murtinho: Elton Atele
Ribas do Rio Pardo: Paulo Tucura
Rio Negro: Seu Milton
Rochedo: Ronaldo Mazone
Sidrolândia: Rodrigo Basso
Sonora: Aurélio, o Careca da Recuperadora
Três Lagoas: Paulo Veron