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sábado, 7 de setembro de 2024

Como se faz a análise de risco?

O perigo é uma condição ou conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar lesão ou morte, sendo intrínseco a uma substância ou evento. O risco, por sua vez, é a probabilidade ou chance de lesão ou morte resultante da concretização de um perigo. Portanto, segundo Décio Luiz Gazzoni, do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), o risco é influenciado pela natureza do perigo, pelo potencial de exposição a ele, pelas características da população exposta, pela probabilidade de ocorrência, pela magnitude da exposição e pelas consequências.

A análise de risco é um procedimento científico que utiliza modelos matemáticos e algoritmos, apoiados em bases de dados, para determinar os efeitos da exposição a um perigo. Isso é ilustrado no cotidiano pela avaliação dos efeitos adversos de medicamentos na saúde humana. O gerenciamento do risco, parte dessa análise, determina procedimentos para proteger contra o perigo, como as instruções de dosagem e uso de medicamentos. Órgãos governamentais estabelecem o risco de substâncias com base em informações científicas, podendo reavaliá-lo com base em novos dados ou métodos, geralmente resultando em restrições mais rigorosas.

“Ao contrário do risco – um cálculo científico e preciso – a percepção do risco é uma avaliação totalmente subjetiva, realizada por uma pessoa isolada, ou por um conjunto delas. Percepção independe de fundamentação científica, sendo um comportamento descrito na psicologia de populações”, afirma.

Para distinguir entre fatos e mitos, bem como entre riscos e percepções de risco, é essencial compreender alguns conceitos toxicológicos. A Dose Letal 50 (DL50) refere-se à quantidade de uma substância que causou a morte em 50% dos animais em testes de laboratório. Quanto maior a DL50, mais seguro é o produto. 

O Limite Máximo de Resíduo (LMR) é a quantidade máxima de resíduo de agrotóxico aceitável em alimentos devido à sua aplicação adequada, expressa em miligramas por quilograma de alimento. Já a Ingestão Diária Aceitável (IDA) é a quantidade estimada de uma substância nos alimentos que pode ser consumida diariamente ao longo da vida sem representar risco à saúde, expressa em miligramas por quilograma de peso corpóreo.

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