No mundo contemporâneo, a humanidade se depara com duas grandes inseguranças que ameaçam a estabilidade global: a insegurança climática e a insegurança alimentar. Essas questões, como ressaltado pelo engenheiro agrônomo João Pedro Cuthi, estão intrinsecamente ligadas à ação humana e bloqueiam medidas urgentes para mitigar seus impactos.
Cuthi enfatiza que a elevada emissão de gases de efeito estufa na atmosfera é uma das principais causas da crise climática atual. Em 2023, foram despejados 40 bilhões de toneladas desses gases, resultantes de atividades como a queima de petróleo e carvão, além de outras ações antropogênicas. Essa intensificação do efeito de estufa já elevou a temperatura média global em 1,45 graus Celsius, muito próximo do limite crítico de 1,5 graus. Centro-Oeste, região crucial para a produção de grãos.
Diante desse cenário, torna-se fundamental adotar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e capturar o carbono já presente na atmosfera.Um aspecto importante nessa luta é a transição para fontes de energia renovável. Cuthi destaca o papel fundamental da energia eólica e solar, juntamente com a crescente adoção de veículos elétricos, na redução das emissões de carbono. No entanto, ele ressalta a importância de garantir que essa transição seja acompanhada por uma matriz energética limpa, evitando o uso de combustíveis fósseis como o carvão, cuja queima é altamente prejudicial ao meio ambiente.
No contexto brasileiro, Cuthi destaca a vantagem do país, com 83% de sua capacidade de geração de energia proveniente de fontes renováveis, como hidrelétricas, eólicas e fotovoltaicas. Esse modelo, aliado a práticas agrícolas sustentáveis, pode desempenhar um papel crucial no sequestro de carbono e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Ainda de acordo com o engenheiro, uma abordagem promissora é a adoção de sistemas agrícolas integrados, como o plantio direto e a integração laboral-pecuária-floresta, que se mostrou eficazes na captura de carbono do solo. Ao aumentar em apenas 1% a matéria orgânica no solo, é possível sequestrar significativamente 10 toneladas de carbono por hectare, contribuindo para a redução das emissões de CO2. O Brasil está lançando programas de recuperação de áreas degradadas, restaurando 40 milhões de hectares de hectares pastagens degradadas.
Esta iniciativa não apenas melhora a saúde do solo e a segurança alimentar, mas também contribui para a mitigação das mudanças climáticas, para evitar a erosão do solo e promover o sequestro de carbono. tecnologias disponíveis e ações concretas, especialmente no meio rural. É essencial considerar o papel fundamental dos produtores rurais na mitigação das mudanças climáticas e de garantia que sejam devidamente reconhecidos e recompensados ??por seus esforços na promoção da sustentabilidade ambiental e alimentar. sociedade civil. Somente através de um compromisso conjunto e ação coordenada podemos enfrentar de forma eficaz os desafios climáticos e ambientais e construir um futuro mais resiliente e sustentável para as gerações futuras.