A deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) apresentou nesta quinta-feira, (15), um requerimento encaminhado à Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), questionando o fato de iniciar um ano letivo com alunos fora das salas de aula, sem vagas nas escolas e solicitando um prazo para regularização das vagas nos CEIMs ( Centros de Educação Infantil Municipal) e nas escolas da rede pública. Devido a gravidade das denúncias e o prejuízo acarretado no desenvolvimento escolar e no aprendizado das crianças, o documento foi endereçado também ao Ministério Público Estadual (MPE) solicitando que o órgão apure de quem é a responsabilidade.
“O abandono da educação em Dourados pela atual administração é um fato público e notório. São muitas famílias que não conseguiram vaga e, que hoje, se vêem sem saber o que fazer para garantir o ensino às crianças. A demanda reprimida é tanta, que nem mesmo a Defensoria Pública com todo o seu aparato, está conseguindo atender todos os casos que têm surgido e tem feito plantões para atender aos pais que estão com filhos fora das escolas e creches”, disse a deputada.
Lia Nogueira questionou ainda a designação dos alunos que estão matriculados em escolas distantes de suas residências e solicitou que sejam apresentados o prazo e as medidas adotadas para realocação dos alunos. “Sabemos, por exemplo, de uma criança que foi designada em uma escola a cerca de 30km de distância de sua casa”, denunciou.
Conforme a parlamentar, outro fator que tem causado preocupação é a falta de professor de apoio, por isso solicita também explicações quanto às medidas que serão tomadas para a regularização do número desses profissionais e quantos existem, atualmente, na rede pública, bem como quantos alunos com deficiência estão matriculados.
“De acordo com denúncias, um professor de apoio, sozinho, estava responsável por atender 30 crianças com deficiência. O abandono da educação municipal, e por tudo que foi construído até aqui em prol da educação inclusiva, só tem afetado a população e violado as normas e diretrizes da educação”, afirmou a parlamentar.