No ano de 2022, os limões, em especial o Limão Taiti (botanicamente uma Lima ácida) e o Limão Rosa/Cravo, ocuparam 1,3 mil hectares no cenário agrícola paranaense, proporcionando uma colheita expressiva de 34,2 mil toneladas de frutos. De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), essa produção robusta resultou em uma movimentação financeira de R$ 55,5 milhões no setor de fruticultura do estado. Dentro do contexto mais amplo da fruticultura paranaense, que registrou um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 2,5 bilhões em uma área de 54,2 mil hectares e colheitas totalizando 1,3 milhão de toneladas, os limões emergem como a décima fruta de maior relevância em termos de capital, contribuindo com 2,2% do VBP total do setor.
Ao analisar a dinâmica da atividade no período de 2013 a 2022, destaca-se um crescimento significativo de 42,8% na área cultivada, um impressionante aumento de 88,9% nas colheitas e um sólido acréscimo de 36,8% no VBP deflacionado. Em 2013, a área destinada aos limões era de 945 hectares, com uma produção de 18,1 mil toneladas e um VBP atualizado de R$ 40,6 milhões.
A região de Umuarama, representada pelo Núcleo Regional da SEAB, destaca-se como protagonista nesse cenário, contribuindo com 81,4% do VBP do setor, mesmo ocupando 59,4% da área total. Altônia, um dos municípios da região, concentra 65,4% das colheitas, com participações significativas também de São Jorge do Patrocínio (7,8%), Cerro Azul (3,3%) e Maria Helena (2,7%), totalizando 13,8% desse montante. A cultura dos limões marcou presença em 254 municípios do estado.
No que diz respeito à comercialização, nas Centrais de Abastecimento do Paraná (CEASA/PR) ao longo do ano passado, foram negociadas até novembro 31,5 mil toneladas de limões, com um preço médio de R$ 2,66 por quilo, gerando uma movimentação financeira expressiva de R$ 83,8 milhões. O estado de São Paulo dominou a oferta, contribuindo com 87,9%, enquanto o Paraná representou 11,9% desse volume. Municípios como Itajobi/SP, Monte Alto/SP, Taquaritinga/SP e Altônia/PR se destacaram fornecendo 16,6 mil toneladas, o que equivale a 52,8% do volume total transacionado desses cítricos.