2017-04-19 11:26:00
Jesus instituiu uma cerimônia memorial, a ceia, em substituição à comemoração festiva da páscoa: Jesus tomou o pão, "e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; Isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no Meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do senhor, até que venha” (ICO 11.24-26).
A Páscoa teve sua origem nos tempos do Velho Testamento, por ocasião do êxodo do povo de Israel da terra do Egito. A Bíblia relata no capítulo 12 do livro do Êxodo. Faraó, o rei do Egito, não queria deixar o povo de Israel sair para adorar a Deus, então muitas pragas vieram sobre ele e seu povo. A décima praga, porém, foi fatal: a matança dos primogênitos – o filho mais velho seria morto. Segundo as Escrituras Sagradas, cada família hebreia, no dia 14 de Nisã, deveria sacrificar um cordeiro e espargir o seu sangue nos umbrais das portas de sua casa: “Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem” (Êx 12.7). Este era o sinal, para que o mensageiro de Deus, não atingisse esta casa com a décima praga.
A carne do cordeiro deveria ser comida juntamente com pão não fermentado e ervas amargas, preparando o povo para a saída do Egito. Segundo a narrativa Bíblica, à meia-noite todos os primogênitos egípcios, inclusive o primogênito do Faraó foram mortos. Então Faraó, permitiu que o povo de Israel fosse embora, com medo de que todos os egípcios fossem mortos. A partir dali, cada família hebreia deveria observar anualmente a festa da Páscoa, palavra hebraica que significa "passagem" "passar por cima". Esta festa deveria lembrar não só a libertação da escravidão egípcia, mas também a libertação da escravidão do pecado, pois o sangue do cordeiro apontava para o sacrifício de Cristo, o Cordeiro que tira o pecado do mundo (João 1.29).
Ao participar da Ceia do Senhor, o cristão está proclamando a sua fé no sacrifício expiatório de Cristo e em sua segunda vinda. Jesus declarou: "Não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber convosco no reino de Meu Pai" (MT 26.29). Na antiga Páscoa judaica, as famílias removiam de suas casas, todo o fermento e todo o pecado, antes da festa dos pães asmos. Da mesma forma, devem os cristãos confessar os seus pecados e deles arrepender-se, tirando do seu coração toda impureza!