2006-12-13 09:25:00
Milena Crestani
A DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) instaurou inquérito para investigar a morte do bebê de apenas 30 dias de vida que faleceu ontem na Santa Casa de Campo Grande com suspeita de espancamento. A criança estava com várias marcas pelo corpo, principalmente nas costas, além de arranhões na cabeça, pernas e braços.
O bebê estava também com pneumonia, o que pode ter favorecido ao falecimento, entretanto, o delegado Paulo Sérgio Lauretto, da DPCA, salientou a necessidade de se investigar o caso. O menino morreu devido uma parada cardi-respiratória. Ontem, o pai da criança, José Nilton de Oliveira, e a mãe, identificada apenas como Geisa, de 19 anos, prestaram depoimento ao delegado.
A mãe alegou que a criança estava com marcas pelo corpo porque teria caído e, segundo o delegado, ela disse que, quando viu o bebê, ele já estaria no chão. No entanto, ainda conforme a Polícia, Geisa não procurou o médico, pois achou que não havia necessidade.
Ela disse ainda que procurou o Posto de Saúde, localizado no bairro Moreninha, quando a criança estava com problemas para respirar e foi diagnosticada pneumonia. Na quinta-feira, o menino foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa da Capital, onde acabou falecendo ontem à noite.
Já o pai da criança disse que não tinha muitas informações, pois trabalha como pedreiro e fica quase todo o dia fora de casa. Ele alegou que a mãe seria a responsável por cuidar do bebê, sendo que ambos residem no bairro Santa Felicidade, na Capital.
O bebê, segundo Lauretto, já passou por corpo delito e um novo exame foi realizado depois da morte da criança. O delegado deve intimar todas as pessoas que tiveram contato com o bebê, incluindo vizinhos, parentes e até enfermeiros para depor. A intenção é saber se alguém já testemunhou algum ato agressivo por parte dos pais das crianças. Ainda não há prazo para conclusão do inquérito.