2018-03-23 12:01:00
A participação do agronegócio na economia brasileira chega a 23,5% da economia brasileira e esse percentual é o maior em 13 anos, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em função das características do país, há grande potencial de expansão, mas a infraestrutura é uma barreira no planejamento a longo prazo.
Em entrevista ao Instituto Millenium, a economista e executiva do grupo Encalso Maria Stella Damha afirmou que a expectativa para este ano é boa: “Em 2018 vamos ter uma safra boa, mas não como foi no ano passado onde tivemos um avanço muito grande nas áreas de grãos, algodão, cana-de-açúcar e laranja. Entendemos que o PIB será representado por um câmbio estável, podendo atingir 2,8%, dependendo das eleições”.
Para Maria, o agronegócio sofre preconceito da sociedade por estar ligado a assuntos ambientais e a falta de informação gera intolerância de algumas pessoas em relação a esse mercado. Ela destaca que o Brasil é um dos países que mais conserva o meio ambiente e paulatinamente aumenta a produtividade e não o desmatamento. “O agricultor é o maior interessado no respeito ao meio ambiente porque é ele quem vai fazer sua produção crescer, então ele tem que preservar as condições de solo e de água. Estamos com a vitória do Código Florestal que estabelece as regras para que as pessoas possam fazer agricultura e preservar o meio ambiente. O governo, através de informações, deveria ajudar”, explicou.
A economista insistiu que o país precisa melhorar a infraestrutura. “A infraestrutura é um direcionador de desenvolvimento econômico, então se agregarmos isso com o agronegócio tendemos a aproveitar esse potencial que o Brasil tem e desenvolver ainda mais a economia brasileira. Acho que o próximo chefe de Estado deve ter essa diretriz, olhar o agronegócio e trazer possibilidades de investimento em infraestruturas para ajudar a incrementar a renda e a atividade do país como um todo”, comentou.
