2018-02-15 23:01:00
As cotações da soja tiveram na quarta-feira (14.02) um dia de altas no mercado físico brasileiro, com influência do movimento positivo registrado na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços subiram 1,70% nos portos e 1,59% no interior do País.
O analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco, ressalta que essas altas são atribuídas às fortes subidas em Chicago e às valorizações da cotação do Dólar no Brasil (2,73% na semana passada). O efeito foi sentido ainda que nesta quarta a moeda norte-americana tenha recuado 2,27%, devolvendo parte dos ganhos da semana anterior.
A causa fundamental destas elevações dos preços são as várias estimativas de redução da safra argentina, que poderá abrir novas possibilidades de aumentos dos volumes de exportação de grão, farelo e de óleo para o Brasil, que está na mesma janela de embarques do seu vizinho sul-americano.
“Isto mexe também com as cotações do mercado interno, uma vez que as indústrias esmagadoras precisarão aumentar os seus volumes de esmagamanto para exportar mais. Além disso, com o preço das carnes subindo e a obrigação de aumentar o percentual de óleo de soja na fabricação de biocombustíveis é possivel que haja uma retomada da demanda interna. As recomendações são a fixação dos preços do dólar (mesmo isoladamente, sem fixar o preço da soja, que talvez possa subir mais)”, aponta Pacheco.
FUNDAMENTOS
As previsões de chuvas para os próximos 5 dias continuam bastanTe similares, com as chuvas se concentrando sobre Oeste e Centro-Sul do Brasil, aponta a Consultoria AgResource. O período de estiagens sobre Minas Gerais, oeste da Bahia, Goiás e leste do Mato Grosso ainda é previsto, com o padrão perdendo forças no dia 18 e dando espaço para a chegada de novas precipitações.