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quinta-feira, 28 de março de 2024

Mercado de agroquímicos cai 22% em 2 anos

2017-12-13 07:05:00

O setor de agroquímicos faturou US$ 9,56 bilhões no Brasil em 2016, o que representou um recuo de 1% nas vendas contra os US$ 9,6 bilhões registrados no ano de 2015. A retração é ainda mais significativa quando comparada ao ano de 2014, quando a queda acumulada atinge nada menos que 22% no período, de acordo com levantamento não oficial feito pela Aenda (Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos).

“A desvalorização do real, ocorrida em 2015, ainda se refletiu em 2016, pois a Indústria não conseguiu repassar a diferença para o agricultor e o preço médio caiu. Mesmo assim, os estoques permaneceram altos, o que pressiona os preços para baixo. O Contrabando e a falsificação tomaram mais uma vez boa fatia do mercado, contabilizada por baixo em 20%, o que é muito assustador. Além disso, o aperto econômico refletiu nas negociações, tanto assim que o prazo de recebimento pela Indústria subiu de 222 dias em 2014 para 327 dias em 2016”, analisa Túlio Teixeira de Oliveira, diretor executivo da Aenda.

Uma visão semelhante tem o Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal). De acordo com a entidade, os fatores que contribuíram para esse resultado foram: desvalorização do Real, crescimento do uso de produtos ilegais, queda nos preços dos insumos, menor nível de incidência de pragas nas lavouras, surgimento de novas tecnologias de controle e clima menos propenso a pragas em todo o país. Para 2017, o Sindiveg afirma que a tendência é de queda ainda maior por conta dos produtos ilegais, dos altos estoques e do risco de crédito da indústria.

Os fungicidas, com ao redor de 33% do mercado, passaram a ser a classe de produtos mais comercializada no Brasil no ano passado em função do aumento da agressividade da ferrugem asiática da soja. Com maior resistência de plantas daninhas aos princípios ativos, os herbicidas aparecem em segundo lugar com 32,5% das vendas. Neste cenário cresceram os herbicidas seletivos, principalmente para a cultura da soja.

Os inseticidas, que até então era a classe mais comercializada, apresentaram queda de quase 12% se comparado ao ano de 2015, atingindo pouco mais de 29% do total de vendas. Apesar da demanda crescente do uso desses produtos para tratamento de sementes e no campo – devido à incidência de pragas –, esse segmento do mercado vem sofrendo impacto com a comercialização ilegal de produtos.

Foram importadas no ano passado 414.975 toneladas, o que representou crescimento de 5,72% em relação a 2015. Em termos de volume de importação de produtos técnicos e produtos formulados, o percentual foi praticamente igual a 2015: os produtos técnicos corresponderam a 56,5% e os formulados a 43,5%. A China permaneceu na liderança com 32,75% do total importado, seguida pelos Estados Unidos com 17,51%. A Índia foi a responsável por 11,95%, seguida da Argentina (4,99%), Inglaterra (4,27%), Israel (4,20%) e Alemanha (3,60%).

Dados do Sindiveg apontam ainda que as vendas de genéricos, ou equivalentes, totalizaram 283,05 mil toneladas no Brasil no ano passado. O resultado supera o triplo do comercializado de “especialidades” (marcas comerciais), que em 2016 somaram 94,12 mil toneladas no País. Por outro lado, as especialidades mantém superioridade de 47,66% sobre os produtos genéricos em receita gerada: enquanto as marcas comerciais faturaram US$ 5,70 bilhões no ano passado, os genéricos totalizaram US$ 3,86 bilhões.

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